A sociedade atual com suas vertentes tecnológica e informacional tem se configurado a partir do conceito de rede e nesse sentido precisa englobar questões como diversidade, igualdade e colaboração para a cidadania inclusiva, conceitos aos quais a Ciência da Informação tem-se mostrado sensível. Nessa vertente dos ambientes e ferramentas digitais, as organizações, os processos, produtos e serviços informacionais devem prever a inclusão de cidadãos que ainda permanecem à margem, dentre as pessoas com deficiência. Essa comunicação, parte de uma pesquisa de doutorado em Ciência da Informação em andamento tem o objetivo de identificar as Políticas de Acesso e de Acessibilidade de instituições arquivísticas públicas no Brasil, buscando delinear perspectivas teórico-sistêmicas em prol do direito e do acesso à informação para as pessoas com deficiência. Os procedimentos metodológicos compreendem levantamento bibliográfico e da legislação vigente relacionada ao tema. Os resultados preliminares apontam que a Acessibilidade contribui como constructo teórico na Arquivologia para a compreensão dos fenômenos de informação e comunicação na sociedade e orientação para a atuação dos profissionais de informação em ambientes web e que o princípio norteador da acessibilidade é a universalidade. Conclui também que existem problemas estruturantes nas políticas públicas relacionadas com a acessibilidade, mas que a replicação das boas práticas no que se refere à democratização do acesso à informação gerará riqueza futura para as pessoas com deficiência e diminuição do abismo informacional.

Palavras-chave: Ciência da Informação; Acesso à Informação; Acessibilidade digital; Profissional da Informação; Pessoa com Deficiência.