Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, IX Seminário de Saberes Arquivísticos

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A classificação orgânico-funcional: saber arquivístico para a compreensão dos fluxos informacionais
Ana Margarida Dias da Silva, Leonor Calvão Borges, Cristiana Freitas, Diogo Vivas

Última alteração: 2019-09-23

Resumo


A classificação em arquivos pode seguir critérios orgânicos, funcionais ou temáticos, ou conjugar duas das características anteriores. Este recurso metodológico é hoje entendido como um instrumento de organização intelectual da informação, conciliando igualmente os objetivos de representação e recuperação da informação.

O objetivo do trabalho é identificar a produção académica no âmbito da arquivística sobre esta matéria e descrever os modelos propostos, analisando ainda o(s) tipo(s) de quadro(s) e/ou plano(s) de classificação estudados em Portugal durante os últimos 10 anos. Para isso, pesquisaram-se dissertações de mestrado e teses de doutoramento nas áreas da Ciência da Informação e da Arquivística realizadas nas universidades do Algarve, Coimbra, Évora, Lisboa (FLUL e FCSH-UNL) e Porto (FLUP), com a respetiva análise crítica.

Paralelamente, analisam-se as diretivas da tutela relativamente à classificação, de forma a fazer o contraponto com a formação dos profissionais ao nível do ensino universitário.

Conclui-se que a tutela regulamente pragmaticamente para os arquivos correntes e administrativos, enquanto a academia produz conhecimento ao nível da classificação em arquivos definitivos ou históricos e defende, maioritariamente, que a classificação aplicada aos arquivos não pode estar dissociada do contexto de produção, e que importa reconhecer o papel da história das instituições e dos indivíduos, o que significa uma rejeição total por qualquer aplicação de quadros apriorísticos.

Palavras-chave: classificação, teoria arquivística, história institucional, organização e acesso à informação.


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