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A Polícia Política e a justiça do trabalho: um contributo à pesquisa - da era Vargas aos anos 90
Marcília Gama da Silva

Última alteração: 2017-08-16

Resumo


Este artigo pretende discutir a trajetória de duas instituições que terão no âmbito de suascompetências, o controle das tensões do movimento da classe trabalhadora por direitos. O cruzamentodas fontes desses dois fundos documentais são imprescindíveis para o alargamento da compreensão dahistória de luta e resistência da classe trabalhadora. De um lado tem-se o Departamento de OrdemPolítica e Social – DOPS (1935-1990)e do outro, a Justiça do Trabalho criada em 1941, no GovernoVargas, num tempo em que mudanças significativas voltadas ao controle e a disciplina do movimentoparedista, foram postas em prática, promovendo a tutela dos sindicatos pelo Estado, destacando umfazer policial e jurisdicional que vai gerar um acervo representativo das práticas políticas de repressãopolicial e jurídica, num permanente embate com as diferentes formas de resistência da classetrabalhadora, cujos documentos irão desaguar no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano e noMemorial da Justiça do Trabalho do TRT6, espaços oficiais de guarda, tratamento, pesquisa epreservação do rico acervo produzido pela polícia política e pela Justiça do Trabalho especializada emdirimir os conflitos entre capital e trabalho, numa época em que o “crime político” e as idéiasconsideradas “subversivas” eram argumentos para a negação de direitos trabalhistas.

Palavras-chave: DOPS. Justiça do Trabalho. Vigilância. Preservação.


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