Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Estadual de História

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“TORNA-SE UM CAPTIVEIRO FORÇADO”: relações de trabalho e experiência cativa antes e depois do 13 de maio de 1888 (Bananeiras 1871-1888).
Daniel Oliveira

Última alteração: 2016-12-19

Resumo


A presente comunicação faz parte da pesquisa que desenvolvemos junto ao PPGH-UFPB, intitulada “Anos finais de escravidão em Bananeiras - PB: relações de parentesco, trabalho e resistência dos negros cativos e libertos (1871-1888)”. Neste estudo, investigamos como se deram as relações de parentesco entre as mães escravizadas e os ingênuos, bem como buscamos entender como eram construídas as relações entre os proprietários e os negros cativos e libertos, em especial, no que diz respeito às questões de propriedade, de trabalho e de resistência. Para realizar esta pesquisa, utilizamos como fontes documentais as petições e os inventários de fazendeiros da cidade de Bananeiras-PB dos anos finais da escravidão no Brasil e no imediato pós-abolição. A partir da análise desses documentos, encontramos indícios de que ocorriam diferentes formas de permanência das explorações do trabalho escravizado neste período. Assim, essa documentação oportuniza que reconheçamos que os fazendeiros - ou ex-proprietários de escravos - mantinham os negros sob regime de trabalho escravo ou em semiescravidão depois do 13 de maio de 1888. Para tanto, tomo como referenciais teóricos os autores da História Social da escravidão e as contribuições de Walter Benjamin e Edward Palmer Thompson.

Palavras-chave: Escravidão; Mãe escrava e ingênuos; relações de trabalho.


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