Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Estadual de História

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A Aliança Nacional Libertadora em suas divergências e desencontros na década 1930
Francisco Iarlyson Santana de Andrade

Última alteração: 2016-12-19

Resumo


A Aliança Nacional Libertadora (ANL) foi uma organização política que pretendeu unir partidos de esquerda e movimentos sociais durante a década de 1930 em torno do desejo por uma “revolução nacional” capaz de derrubar o governo de Getúlio Vargas. A ANL teve como presidente de honra Luís Carlos Prestes, antigo tenentista que tornou-se comunista devido à sua desilusão com a revolução de 1930. Mas antes da formação da Aliança, existiam grupos esquerdistas com suas próprias ideologias, manifestos e estatutos. Partimos do pressuposto de que, devido a esta diversidade de práticas, a união de movimentos e grupos políticos em torno de um ideal comum não ocorreu apenas em torno da figura simbólica de Prestes. Pretendemos apresentar as divergências ideológicas apresentadas pela historiografia e pela literatura e que deve ser vista e analisada através dos desencontros entre o planejamento e a prática da Aliança, como exemplo a intentona que acabou acontecendo de maneira inesperada pela direção da ANL. Acreditamos que o processo de formação e o desmembramento da ANL pode ser problematizado por meio de uma historiografia específica. Busca-se, assim, a partir das obras e artigos – como os de Marly Vianna (“Revolucionários de 35: sonho e realidade” e “A Insurreição da ANL em 1935”), de Anita Leocádia Prestes (“Luiz Carlos Prestes: um Comunista Brasileiro”, “Luiz Carlos Prestes e a Aliança Nacional libertadora: os caminhos da luta antifascista no Brasil (1934/35)” e em artigo sobre os 70 anos da Aliança Nacional Libertadora), e análise da literatura como “O Cavaleiro da Esperança” de Jorge Amado, “Memórias do Cárcere” de Graciliano Ramos e em folheto de cordel de “Luiz Carlos Prestes, O Cavaleiro da Esperança” composto pelo poeta Antônio Queiroz de França –, compreender as convergências e distensões presentes na Aliança durante sua existência.

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