Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Estadual de História

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UM NÃO AO RACISMO! RESSIGNIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS EM AULAS DE LEITURA
Hely Cantalice Neto

Última alteração: 2016-12-19

Resumo


A proposta de uma educação voltada para a diversidade exige de nós educadores, o grande desafio de estarmos atentos às diferenças sociais e raciais que geram no espaço escolar desconfortos, constrangimentos. A esse respeito, a luta de grupos organizados, dentre eles o movimento negro, sempre reivindicou e reivindica políticas públicas que venham a favorecer grupos socialmente discriminados, excluídos. Em resposta a algumas reivindicações surgiu a lei federal 10.639/2003. Esta instituiu a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no ensino fundamental e médio. Nesse interim, esta pesquisa considera a escola como um espaço de diálogo onde professores e alunos devem desmistificar preconceitos e construírem ações positivas em relação às diferenças. Teoricamente, fundamentamo-nos em estudos sobre a diversidade étnico-racial: Cavalleiro (2000), Cunha Jr (2008, 2010) Gomes (2006), Guimarães (2004, 2008), Munanga (2005 e 2006), Ramos-Lopes (2010 a 2015), dentre outros. A pesquisa é de base qualitativa (MOITA-LOPES, 1996), perscrutando o viés da pesquisa ação, em seu caráter intervencionista (THIOLLENT, 2008). Focaremos a análise na posição discursiva de alunos da educação básica, quando nas práticas efetivas de sala de aula, realizamos atividades com filmes e depoimentos, os quais foram explorados por meio de rodas de conversas, entrevistas semiestruturadas, produções de textos verbais escritos e de desenhos. Estes oportunizaram aos discentes momentos de ressignificação sobre práticas discriminatórias que se cristalizam na escola e na sociedade, subjugando as inúmeras competências e contribuições do povo negro para a história deste pais.

Palavras-chave: Diversidade étnico-racial. Práticas discriminatórias. Escola. Sociedade.


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