Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Estadual de História

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Ophélia Amorim e as Ligas Camponesas na Paraíba: as militantes de esquerda contra-ataca
Juliana Ferreira Alves

Última alteração: 2016-12-19

Resumo


Na Paraíba a Liga Camponesa de Sapé foi a primeira do Estado e acabou destacando-se das demais Ligas da região na liderança de João Pedro Teixeira. Após o seu assassinato em 1962, pelo Grupo da Várzea, competiu a sua viúva Elizabeth Teixeira da continuidade ao seu trabalho. Porém, com o golpe militar em 1964, as Ligas começaram a serem dissolvidas, pois tanto os seus líderes quanto seus participantes foram perseguidos e presos – na cadeia sofreram torturas físicas e psicológicas, alguns até perderam a vida na prisão. Foi nessa conjuntura de reivindicações por direitos trabalhistas e conflitos entre camponeses e latifundiários que a figura de Ophélia Amorim vai se sobressair como advogada das Ligas Camponesa da Paraíba. Nesta comunicação propusemos analisar o seu papel, enquanto mulher militante de esquerda a serviço dos movimentos sociais do campesinato paraibano e como a sua atuação nesse movimento acabou levando-a para prisão durante a ditadura militar. Também iremos abordar as participações das militantes na resistência a opressão na ditadura e como a sua condição feminina resultou em diversas representações negativas em torno das mesmas, consequência de uma sociedade patriarcal na qual nem os próprios militantes de esquerda escaparam de atos preconceituosos em relações as suas companheiras de lutas.


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