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INOVA-UFPB premia 110 inventores na 6ª edição do Prêmio de Inovação Delby Fernandes

O referido prêmio visa reconhecer os esforços de pesquisa tecnológica aplicada dos docentes, discentes e/ou técnicos-administrativos realizados no ano base anterior ao evento de premiação.
por Cleverton R. Fernandes publicado: 05/12/2022 14h18, última modificação: 05/12/2022 15h34
Alguns integrantes da INOVA-UFPB no evento: José Honório, Samuel Cibulski, Raphael Beirigo, Kelly Gomes e Hilton Vinícius.

Alguns integrantes da INOVA-UFPB no evento: José Honório, Samuel Cibulski, Raphael Beirigo, Kelly Gomes e Hilton Vinícius.

Com intuito de reconhecer o Prof. Delby Fernandes e os pesquisadores inovadores da UFPB a Agência UFPB de Inovação Tecnológica (INOVA-UFPB ) criou em 2015 um Prêmio de Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes por meio da Resolução CONSUNI Nº 004/2015.

 

O referido prêmio visa reconhecer os esforços de pesquisa tecnológica aplicada dos docentes, discentes e/ou técnicos-administrativos realizados no ano base anterior ao evento de premiação. Antes da edição atual foram realizadas cinco edições, entre elas uma dividida em dois campi no ano de 2019. Cada uma dessas edições pode ser vista aqui. O prof. Dr. Cleverton Fernandes, Diretor de Propriedade Intelectual, explica que, por exemplo, “as tecnologias depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 2014 foram reconhecidas no primeiro evento de 2015”. Ele segue explicando que “até 2019; que reconheceu os criadores das tecnologias analisadas, avaliadas, preparadas e depositadas no INPI pela Diretoria de Propriedade Intelectual da INOVA-UFPB no ano base de 2018; foram todas sequenciais, no entanto, em 2020 e 2021, por conta da epidemia da COVID19, ocorreu um adiamento”. Assim, “só esse ano de 2022 as tecnologias selecionadas em 2019 foram premiadas”, finaliza.

 

A sexta premiação destaca um ano muito importante para a cultura da proteção intelectual e da inovação tecnológica da UFPB realizadas pela Diretoria de Propriedade Intelectual da INOVA-UFPB, foi em 2019 que a UFPB foi bicampeã brasileira (a frente de empresas gigantes como a Petrobrás) em depósitos de patentes, um recorde singular na Instituição. No ano de 2018 a INOVA-UFPB já tinha atingido o primeiro lugar e no ano seguinte repetiu o feito. Em 2020, devido ao efeito pandêmico, ocorreu uma retração de depósitos, apesar disso a UFPB ficou em terceiro lugar no Ranking Nacional de Patentes publicado em outubro de 2021 pelo INPI, referente ao ano base de 2020. Ainda assim, a INOVA-UFPB recebeu moção de aplauso e reconhecimento da Assembleia Legislativa da Paraíba por sua dedicação em prol da cultura da inovação não só na UFPB, mas na Paraíba.

 

No ano de 2021 ocorreu uma mudança de enfoque na INOVA-UFPB em virtude do novo reitorado, o que fez a equipe da INOVA-UFPB dedicar mais esforços e investimentos no empreendedorismo tecnológico. O atual Diretor de Incubação Empresarial de Base Tecnológica da INOVA-UFPB, Prof. Dr. Raimundo Aprígio, afirma que, “apesar da mudança de perspectiva institucional, a equipe da INOVA-UFPB, de modo independente, se esforçou muito para conseguir recursos para a construção do Centro de Inovação da UFPB - CEITEC e para incubar novas empresas de inovação (startups), mesmo após os sucessivos cortes de verbas públicas que demonstraram estarem na contramão da inovação no país”.  

 

 

Nesse contexto a sexta edição do Prêmio de Inovação foi dedicada ao reconhecimento dos esforços inovativos envolvidos em 110 novas criações tecnológicas de 2019. O evento foi acompanhado por uma plateia atenta e entusiasmada que contou com a presença de quase 250 pessoas entre docentes, discentes e técnicos-administrativos da UFPB e listados aqui. A diretora presidente da INOVA-UFPB, a Profa. Dra. Kelly Gomes, coordenou o evento, presidido pelo atual reitor, juntamente com a presença do Diretor de Transferência e Licenciamento Tecnológico da UFPB, Prof. Dr. Raphael Moreira Beirigo, do Diretor de Incubação Empresarial de Base Tecnológica da UFPB, Prof. Dr. Raimundo Aprígio de Menezes Junior, e de outros integrantes da INOVA-UFPB: Hilton Vinícius, Iungue Estevam, José Honório, Samuel Cibulski e Kalyane Lira. O Diretor da DPI não pode se fazer presente em virtude da licença paternidade às vésperas do evento. A mesa de honra foi composta, além do atual reitor da UFPB e da presidente da INOVA-UFPB, por Sílvio Rossi da FAPESQ/PB, Felipe Magalhães da CAGEPA e Manoel Menezes da ENERGISA.

 

 

O evento teve como objetivo, também, apresentar as startups oriundas da UFPB, bem como as empresas que fizeram licenciamento e transferência de tecnologias advindas da Instituição. Conforme fala proferida durante o evento, o Prof. Raimundo Aprígio destacou que "20 startups da UFPB conseguiram prospectar em 2022 mais de R$ 2 milhões em recursos e seis tecnologias foram transferidas". “Licenciamento e transferência de tecnologia é quando uma empresa coloca no mercado uma tecnologia oriunda de instituições de ensino superior, beneficiando os inventores e a instituição”, destacou o Prof. Raphael Beirigo. A INOVA-UFPB criou em 2013 um processo que há muito tempo os inventores queriam que fosse criado, que é essa transição da Universidade para o mercado. A partir do momento que a UFPB estende a mão, firma uma parceria, fomenta as startups com financiamento, com iniciativas que dão visibilidade às startups, o pessoal consegue alavancar voo muito mais rápido. É muito interessante fazer isso dentro da Universidade, coisa que antes só era feito fora da Universidade.

 

O professor do curso de Engenharia de Materiais da UFPB Tibério Andrade, integrante de grupos de inventores premiados em cinco patentes, entende que o apoio da UFPB ajuda o inventor a buscar recursos. E tomando por base sua própria produção, destacou a relevância, para a sociedade, das tecnologias desenvolvidas. “Tudo que você produz em termos de melhoria de material, sempre você busca otimizar o produto, diminuir cursos, aperfeiçoar processos, então nós procuramos, dentro das nossas pesquisas, buscar rotas viáveis, mais econômicas, em uma situação local, que é a Paraíba, por exemplo, usar materiais recicláveis para produzir materiais de alta complexidade, produzir equipamentos com componentes mais baratos e buscar a melhoria da qualidade dos materiais para que tenham uma durabilidade maior reduzindo problemas de corrosão”, explicou o docente.

 

Já na área da saúde, um grupo de pesquisadores do Centro de Informática e do Centro de Ciências Médicas, em parceria, desenvolveu um software de distribuição e apresentação de exames de imagens médicas entre entidades de saúde para a prática da telerradiologia, invento denominado o Dicomclient. “Esse invento traz muita agilidade, benefício no final para o paciente porque ele teria à disposição médicos com qualificação, e aquele serviço seria prestado de forma muito mais ágil por conta da quantidade de médicos disponíveis”, contou o professor Severino Aires de Araújo Neto, um dos inventores.

 

Fonte: INOVA-UFPB.