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Projetos de Extensão do CCHLA mantém ações durante pandemia, apesar das dificuldades impostas pelo contexto
O ano de 2020 está marcado pela pandemia de covid-19. A velocidade de propagação do vírus somada a sua letalidade obrigou diversas sociedades a seguirem um rigoroso isolamento social. As universidades não ficaram alheias a este processo e desde março orientam o público em geral a seguirem as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essas medidas impactaram diretamente o funcionamento dos projetos de extensão, que se viram forçados a repensar suas ações evitando toda forma de aglomeração e priorizando os ambientes virtuais, muitas vezes estranhos aos/as extensionistas e também ao seu público alvo.
Foi nesse cenário que os projetos "A EXTENSÃO OCUPA A PRAÇA" e "ARCO" decidiram unir forças e seguir trabalhando de forma conjunta, respeitando suas autonomias e agindo coletivamente na busca de objetivos comuns.
Partindo de uma concepção de Universidade Pública onde o ensino, a pesquisa e a extensão aparecem como pilares que a sustentam de forma integrada, indissociável e responsável, o projeto "A Extensão Ocupa a Praça", em parceria com o projeto ARCO e com o apoio do CCHLA/UFPB, do Cineclube Soy Loco por Ti América, da Assessoria de Extensão do CCHLA, PROEX e da CIA (Comitê de Inclusão e Acessibilidade), realizou durante o mês de julho o curso UNIVERSIDADE E EXTENSÃO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19.
A intenção da equipe organizadora do evento era proporcionar um espaço de formação política, educacional e organizacional voltado para os/as extensionistas do CCHLA, comunidade acadêmica geral e também a população não vinculada diretamente à Universidade, haja vista que o contato e diálogo com a sociedade em geral são das principais ferramentas da extensão.
Mantendo o calendário de atividades nas tardes de quinta-feira, como desde o início das ações do Ocupa a Praça, o curso foi estruturado em três módulos que foram realizados nos dias 16, 23 e 30 de julho. O mesmo era transmitido pela plataforma do YouTube, no canal do ARCO. O debate era fomentado pelos comentários e perguntas do chat do próprio YouTube.
Nosso evento contou com a presença de 7 palestrantes de 5 diferentes instituições de ensino. As aulas foram ministradas pelas Professoras Virgínia Fontes (UFF e ENFF) e Regina Célia Gonçalves (DH/UFPB) no dia 16/07. Em 23/07 se realizou um cineclube com a participação das professoras Carmem Corato (UFRJ), Renata Gonçalves (UNIFESP) e a pesquisadora e cineasta Carine Fiuza (UFPB). Finalizando o curso, tivemos no terceiro módulo (dia 30) a participação das docentes Flávia Biroli (UNB e ABCP) e Francy Silva (UFPB e ABPN). A mediação foi de Professora Nívia Pereira, coordenadora do projeto e assessora de extensão do CCHLA.
Pensando numa transmissão democrática e acessível, toda a programação foi desenvolvida com o fundamental apoio da equipe de intérpretes de libras do Comitê de Inclusão e Acessibilidade (CIA) da UFPB, ao qual deixamos publicamente mais um afetuoso agradecimento pelo exemplar trabalho prestado.
Uma marca importante desse curso foi a pluralidade de temas abordados no decorrer dos seus três encontros virtuais. As ministrantes, todas com um alto acúmulo de conteúdos e experiências, que se somava ainda à uma exímia capacidade argumentativa, não se furtaram em nenhum momento de debater problemas como o machismo, o racismo, a desigualdade entre as classes sociais e como a pandemia de covid-19 incide sobre essas populações, especialmente as mais vulneráveis.
Para otimizar esse trabalho e mesmo ampliar sua publicidade, desenvolvemos uma série de materiais como releases, cards e vídeos, que foram de suma importância para mobilizar os oitenta e oito inscritos, e demais participantes do curso.
Concluímos afirmando que apesar das dificuldades impostas pelo contexto de grave crise sanitária/econômica/política/social a realização do curso pode ser considerada um sucesso. Urge ressaltar que uma parte considerável da nossa equipe não possui acesso a computador, tampouco a uma conexão de internet decente. Também se faz imperioso lembrar que se estivesse em vigor, na sua integralidade como originalmente proposta, a famigerada IN02 da PROEX/UFPB certamente esse curso se tornaria inviável de se efetivar, haja vista que todos/as estaríamos atarefados/as em atender suas demandas burocráticas, altamente cerceadoras das liberdades que devem reger as ações da extensão universitária.