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Projetos de extensão do CCHLA promovem o I AGOSTO LILÁS - UNIVERSIDADE E O ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

publicado: 08/09/2020 14h49, última modificação: 08/09/2020 14h49

Consciente da urgência e necessidade de discutirmos sobre a violência contra as mulheres, a Assessoria de Extensão do CCHLA, juntamente com os projetos A Extensão Ocupa a Praça e ARCO, com o apoio da Direção do CCHLA e da PROEX/COPAC, realizou o  I AGOSTO LILÁS – UNIVERSIDADE E O ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES. O evento aconteceu no dia 27, às 15 horas, no Google Meets, reunindo um total de 46 participantes. Devido ao trágico contexto da pandemia de Covid-19, todas nossas atividades seguem remotas.

     O Agosto Lilás é uma campanha nacional que visa coibir toda forma de violência contra mulher, seja física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial. Ressalta a importância da conscientização da sociedade através da informação, além de promover ações diretas de enfrentamento à violência contra as mulheres abrangendo as particularidades que determinam as relações sociais estruturadas pelo racismo e patriarcado no contexto do capitalismo. A escolha deste mês para tal temática se dá pelo fato de a Lei Maria Da Penha ter sido sancionada em 07 de agosto de 2006.

     Nosso evento contou com a presença da Prof.ª Drª Tatyane Guimarães Oliveira, Coordenadora do Comitê de Prevenção e Enfrentamento à violência contra as mulheres da UFPB – CoMu. Cabe ressaltar que a CoMu tem desempenhado um papel central e de suma relevância para as mulheres da UFPB, garantindo o acolhimento, escuta, registro e encaminhamento de denúncias de toda forma de violência, praticada no âmbito da instituição e também fora dela, muitas vezes por indivíduos que ocupam diferentes posições dentro da própria Universidade. 

     Com a CoMu, participaram dessa roda de diálogo os seguintes projetos de extensão do CCHLA:

     •    “QUANDO É AMOR SÓ QUEM BATE É O CORAÇÃO”: PROMOVENDO A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA NO NAMORO DE ADOLESCENTES, coordenado pela Prof.ª Drª Patrícia Nunes da Fonseca;

     •    A LITERATURA COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, coordenado pela Prof.ª Drª Franciane Conceição da Silva;

     •    MULHERES EM CENA: PROTAGONISMO DAS MULHERES NA CULTURA POPULAR, coordenado pela Prof.ª Drª Luciana Eleonora De Freitas Calado Deplagne;

     •    AS MULHERES OCUPAM AS PRAÇAS, coordenado por Prof.ª Drª Valéria Machado Rufino;

     •    CINE BIXA III: “CORPAS” QUE FALAM, INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS E SABERES AFRO DISCIDENTES, e BIXA EXIBIDA: II MOSTRA ARTÍSTICA DE “CORPAS” S_EM FRONTEIRAS, ambos coordenados pela Prof.ª Drª Luciana Maria Ribeiro de Oliveira; 

     •    PRECISAMOS FALAR SOBRE AIDS: DIVULGANDO INFORMAÇÕES E ENFRENTADO ESTIGMAS, coordenado pela Prof.ª Drª Mônica Lourdes Franch Gutierrez;

     •    TRAJETÓRIAS INDÍGENAS, MATERIAIS DIDÁTICOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 11.645/2008 (ANO 3), coordenado pela Prof.ª Drª Rita de Cássia Melo Santos;

     •    HISTÓRIAS DE QUILOMBO: GRAFIAS, AFETOS E ARTESANATO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE MITUAÇU, coordenado pela Prof.ª Drª Ainá Guimarães Azevedo.

      •    INTERVENÇÃO ARTÍSTICA: ISRAELA RANA ARAÚJO LACERDA, bolsista do projeto: MULHERES EM CENA. Cordel: "MACHISMO: O QUE É PRECISO MUDAR" de Daniela Bento.

     Cada projeto fez uma apresentação de 10 minutos, totalizando cerca de 2 horas de atividade. Vários aspectos das diferentes formas de violência contra as mulheres foram relatadas e debatidas. Questões ligadas a fatores geracionais, discriminação racial, desvalorização e/ou não reconhecimento do trabalho nas mais diversas áreas, a pluralidade do termo mulher, a cisnormatividade, a heteronormatividade, assim como os espaços onde essas violências acontecem e são reproduzidas, como a escola, as universidades, a mídia, e  mesmo o próprio lar onde residem. 

     Cabe ressaltar que por diversas vezes foram apresentadas formas de valorizar o trabalho das mulheres - sejam elas cis, trans ou travestis – e de reafirmar que a prática de conscientização contra a violência de gênero passa por afirmá-la como inadmissível e intolerável, com a responsabilização clara e contundente de quem a produz ou reproduz. 

     Após as apresentações tivemos mais seis inscrições para falas deliberativas, e foi encaminhado que os projetos de extensão do CCHLA presentes adotassem uma política de parceria com a CoMu, visando fortalecer o enfrentamento da violência contra as mulheres. A extensão popular universitária se configura como um espaço privilegiado às ações desta natureza por se orientar sempre pelas reivindicações das categorias historicamente perseguidas e invisibilizadas. 

     Para nosso orgulho e satisfação o I AGOSTO LILÁS, da mesma forma que todas as outras ações desenvolvidas pelos projetos A Extensão Ocupa a Praça e ARCO, tiveram tradução simultânea para língua de sinais (libras). O qualificado trabalho foi realizado pelas intérpretes do Comitê de Inclusão e Acessibilidade (CIA), Pollyanna Stepnhanie de Oliveira Alves e Batista, Renata Patrícia Frazão Dutra e Helayne Pricilla Macêdo de Souza. Aproveitamos a ocasião para mais uma vez agradecer pelo belo serviço prestado, garantindo o acesso mais democrático à extensão universitária. 

     O convite foi destinado para todos os projetos de extensão do CCHLA e suas equipes. O conteúdo da ação e o propósito da atividade acabou lhe fornecendo um caráter de formação, haja vista que o debate, a prevenção e o enfrentamento acerca dos males gerados a partir da violência contra mulher devem ser pauta prioritária em todos os ambientes de sociabilidade.

     Outro importante apontamento a ser feito é que ações que adotam essa metodologia, mais participativa e dialógica, proporcionam um ambiente de interação muito rico entre os projetos, baseada na troca de experiências e saberes.

    Para concluir, gostaríamos de reafirmar a importância da temática que foi abordada nesta ação. Acreditamos ser de conhecimento de todos/as que, infelizmente, os casos de violência contra as mulheres têm crescido vertiginosamente durante o isolamento social imposto pela crise sanitária da Covid-19, por isso pedimos que nos ajudem a divulgar os canais de comunicação da CoMu, para que cheguem ao maior número de pessoas possível, em especial o máximo de mulheres, para que as mesmas possam acessar esse recurso em caso de necessidade. Instagram @comuufpb, e-mail comu@prac.ufpb.br, site plone.ufpb.br/comu.

Por: Projetos A Extensão Ocupa a Praça e ARCO 

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