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José Alberto Kaplan - Obras Orquestrais

por Compomus publicado 21/07/2020 18h08, última modificação 21/07/2020 18h08

CD autoral de José Alberto Kaplan patrocinado pelo Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos, do Governo do Estado da Paraíba.

Kaplan Obras Orquestrais

 Arquivos MP3 de todas as faixas do disco
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Abertura Festiva
Variantes TEMA
Variantes QUASE CADENZA
Variantes IMPROVISO
Variantes ALLA VALSA
Variantes ALLA MARCIA
Variantes BURLESCA
Variantes RECITATIVO E CORAL
Variantes ALLA JIGA
Variantes MINUETO GIOCOSO
Variantes ALLA TOCCATA
Concerto para piano I MOV
Concerto para piano II MOV
Concerto para piano III MOV
Concerto para violino I MOV
Concerto para violino II MOV
Concerto para violino III MOV

 

AGRADECIMENTOS

Dadas as condições adversas em que foi realizada, esta gravação não teria sido possível não fosse a preciosa colaboração da Orquestra da Universidade Federal da Paraíba.

Esta agrupação é formada, na sua totalidade, por professores e alunos do Bacharelado em Música do Departamento de Música da UFPB, entidade à qual me orgulho ter pertencido durante os trinta anos em que nela exerci atividades como professor de Piano e Matérias Teóricas.

Só um conjunto constituído por músicos da qualidade artística e do profissionalismo desse grupo seria capaz de registrar obras da extensão e complexidade das que integram este CD, com só dois ensaios e quatro sessões de gravação de pouco mais de três horas de duração cada.

A todos os integrantes da Orquestra da Universidade Federal da Paraíba, meu profundo agradecimento.

Quanto à escolha dos Solistas e do Regente foi minha intenção, desde o início da preparação do Projeto, prestigiar artistas da região e, principalmente, a “prata da casa”, convocando aqueles profissionais de reconhecida capacidade que tivessem, de alguma maneira, ligações com a referida casa de estudos. Daí a opção ter recaído no Maestro Carlos Anísio e nos solistas Ronedilk Cavalcante Dantas (violino) e Fernando Müller (piano), todos formados naquele Departamento.

No caso das “Variantes” a razão do meu convite teve um ingrediente a mais. Levei em consideração, além da imprescindível competência, o fato de a obra ter-me sido encomendada – e a eles dedicada –, por Eugênio Lima de Souza (violonista) e Regina Lima Machado (flautista), ambos docentes da Escola de Música da UFRN.

Solistas e Regente são, indiscutivelmente, merecedores de minha gratidão por ter atendido ao meu convite e pelo belo trabalho artístico realizado.

Meu reconhecimento vai também para o jovem e talentoso compositor Marcílio Fagner Onofre, um amigo que, no cumprimento de suas responsabilidades de Assistente de Produção, não poupou esforços para que tudo corresse sem percalços.

Finalmente, todo meu amor para minha esposa Márcia, que há 37 anos me estimula e apóia, empurrando – literal e metaforicamente falando – minha cadeira de rodas. Não fosse sua garra este CD não teria sido realizado.

 

José Alberto Kaplan
(Rosário – Argentina, 1935)

Pianista, professor, compositor e regente, estudou Piano com Arminda Canteros (Rosário), Ruwin Erlich (Buenos Aires), Nikita Magaloff (Genebra) e Wladyslaw Kedra (Viena), e Composição e Regência Orquestral com Julián Bautista (Buenos Aires) e George Byrd (Salvador), respectivamente.

Recebeu diversos prêmios: Diploma de Honra no VI Concurso Internacional de Piano Maria Canals (Barcelona, Espanha, 1960), o 2. o Lugar no Concurso Nacional de Obras Corais (MEC – Funarte, Rio de Janeiro, 1979) com a obra “Vilancicos”, para Coro Infantil, e o 1. o Prêmio no I Concurso Brasileiro de Composição de Música Erudita (MEC – Funarte, Rio de Janeiro, 1978), com a “Suíte Mirim, para Piano.

Como pianista, atuou nas principais cidades da Argentina e do Brasil. Em 1972 formou, com o pianista Gerardo Parente, o Duo de Piano a 4 mãos “Kaplan-Parente”, cujo objetivo principal era a divulgação do repertório de autores brasileiros. O Duo se apresentou nas principais cidades do Brasil (Rio de janeiro, São Paulo, Recife, Fortaleza, Belém, Brasília, Natal, João Pessoa, etc.) sempre com grande sucesso de crítica e público. Já nos Estados Unidos se apresentaram em recitais (25) sob o patrocínio dos Partners of America. Posteriormente, o Duo gravou para o selo Marcus Pereira (São Paulo) o disco “Piano Brasileiro a 4 Mãos”, considerado pela crítica especializada como um dos 10 melhores lançados no País, em 1977.

Foi Regente Titular da Orquestra de Câmara do Estado da Paraíba (1974-77), da Camerata Universitária da UFPB (1978-80) e da Orquestra Sinfônica da Paraíba (1986). Também se desempenhou como Regente do Coral Universitário Gazzi de Sá entre 1983 e 1985.

Suas composições para Piano, Violão, Coro Misto e diferentes combinações instrumentais estão editadas pela Ricordi (São Paulo), Funarte (Rio de Janeiro), Irmãos Vitale (São Paulo), Chanterelle Verlag (Heidelberg – Alemanha) e Brazilian Music Enterprises (Estados Unidos).

Várias de suas obras foram gravadas: a “Suíte Mirim”, por Ruth Serrão (Funarte – Rio); a “Cantata pra Alagamar” (Marcus Pereira – São Paulo); o “Quinteto para Metais”, pelo Quinteto Brassil (Comep – São Paulo). Álvaro Pierri gravou para o selo Blue Angel (Frankfurt – Alemanha) sua “Sonatina para Violão”. Em 1995 foi lançado, sob o patrocínio das Fundações Banco do Brasil, Casa de José Américo e Espaço Cultura l o CD “KAPLAN – OBRAS ESCOLHIDAS” com uma seleção de oito de suas composições. Em 2003, com o auxílio do Governo do Estado, editou o CD “Kaplan – Obras Pianísticas”, que obteve boa repercussão no meio musical do País. Participou, como compositor convidado, das Bienais de Música Brasileira Contemporânea realizadas no Rio de Janeiro nos anos 1985/87/89/91/93/95 e 97. Tomou parte do 17.°, 18.° e 19.° Panorama da Música Brasileira Atual organizados pela Escola Nacional de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do V Encompor (Porto Alegre, 1996).

Em 1988, sua ópera “O Refletor” (com texto de sua autoria inspirado na obra “Lux in Tenebris”, de B. Brecht) foi estreada no Teatro Guaíra de Curitiba (Paraná) pelo Grupo de Ópera OFICANTO, que, pouco depois, a apresentou no Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, quando recebeu críticas elogiosas nas colunas jornalísticas especializadas.

Publicou pela Editora da Universidade Federal da Paraíba três monografias sobre o ensino da Técnica Pianística. Em 1986, o seu livro “Teoria da Aprendizagem Pianística: Uma Abordagem Psicológica” – atualmente na sua segunda edição – foi lançado pela Schott/Movimento (Curitiba/Porto Alegre).

Participou, como professor convidado, de importantes Festivais realizados no País: Ouro Preto (MG), Londrina (PR), Oficina de Música de Curitiba (PR), Vale Veneto (RS), Porto Alegre (RS) e no 1. o Festival Internacional de Música de Natal (RN). Também ministrou Cursos e Masterclasses em Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Maceió (AL), Campinas (SP), Goiânia (GO), Porto Alegre e Pelotas (RS), a convite de Universidades e prestigiosas entidades musicais.

Foi o idealizador e Diretor Artístico do Festival de Artes realizado na cidade de Areia (PB) nos anos de 1976 e 1977.

Em 1995, a Assembléia Legislativa do Estado lhe outorgou o Título de Cidadão Paraibano. No mesmo ano, o Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba concedeu-lhe a Comenda José Maria dos Santos e, em 1998, o Conselho Estadual de Cultura o Diploma de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados à cultura paraibana.

Foi professor de Piano e Matérias Teóricas (Harmonia Tonal, Contraponto e Estética ) no Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba de 1964 a 1996, quando se aposentou. Reside no Brasil desde 1961, tendo adotado a cidadania brasileira em 1969.

 

COMENTÁRIOS DAS OBRAS

ABERTURA FESTIVA

No início de 1997, recebi do Professor Eugênio Lima de Souza, Diretor Geral do I Festival Internacional de Música de Natal (I FIMN), o honroso encargo de escrever uma obra sinfônica para ser executada na abertura do evento.

Desde o início, a composição ficou associada, na minha mente, com as lembranças da rica experiência humana e musical que acumulei nos sete anos em que fui professor de piano da Escola de Música da Universidade Federal do RN e, eventualmente, regente do seu inesquecível Madrigal.

Melodias folclóricas e populares que, na época, escutara nas ruas da capital potiguar, surgiam com vigor e nitidez do fundo de minha memória. Duas delas, as conhecidas “Vamos maninha, vamos” e “Chora Mané, não chora”, perseguiam-me enquanto realizava os primeiros esboços da obra. Decidi, então, aproveitá-las na elaboração da composição, associadas a outros elementos temáticos – escalas, giros melódicos e rítmicos – típicos da música de nossa Região.

Devo salientar, no entanto, que as referidas canções sofreram alterações bastante acentuadas num processo que chega a seu ponto culminante quando, em determinados momentos, criei novas estruturas melódicas a partir da fusão de motivos pertencentes ao “melos” das cantigas originais.

A “Abertura Festiva” é, na realidade, uma fantasia sobre temas populares e folclóricos. Está formalmente estruturada em 4 partes, executadas sem solução de continuidade.

I – Introdução – compassos 1 a 103, onde se pode escutar, entre outras, a melodia de “Vamos maninha, vamos”;

II – Allegro Molto – compassos 104 a 177, em que utilizo, como elemento estrutural, um motivo típico de nossa música – o arpejo de 7. a menor – que já aparece no início da obra (compasso 2);

III – Moderato – compassos 178 a 240, que foi elaborado a partir de células melódicas extraídas da canção “Chora Mané, não chora”;

IV – Allegro Molto – compassos 241 a 371, o material exposto no primeiro Allegro Molto reaparece, porém numa seqüência diferente. A composição finaliza, de maneira brilhante, com o retorno da temática apresentada nos compassos iniciais da obra.

 

VARIANTES PARA FLAUTA, VIOLÃO E ORQUESTRA DE CÂMARA

Em fins de outubro de 1993, no decorrer de um encontro no Rio de Janeiro – onde se encontravam cursando o mestrado – Regina e Eugênio Lima me pediram que escrevesse uma obra para Flauta e Violão. Como sempre achei muito atraente essa combinação instrumental, prometi-lhes que iria pensar no assunto com muito carinho.

De volta em João Pessoa, achei que talvez fosse interessante acoplar ao referido duo uma pequena orquestra de câmera. Consultei Eugênio sobre essa possibilidade; o amigo gostou da idéia. Segundo me informou, não existiam composições desse tipo no repertório de Duos para Violão e Flauta.

Entusiasmado com a oportunidade de criar algo inédito, comecei logo a trabalhar com afinco. Decidi também que, do ponto de vista da técnica composicional, a obra deveria trazer algo de novo na minha maneira de escrever.

As “Variantes” não são variações do tipo convencional, como o título parece sugerir. Na verdade, a obra está construída a partir de um tema que serve de pretexto para a elaboração de uma série de pequenas peças que mais lembram uma Suíte Barroca que o clássico Tema com Variações.

Duas outras peculiaridades podem ser destacadas: a primeira é a maneira como os instrumentos solistas são combinados entre si e com os naipes (cordas e sopros) da formação orquestral utilizada; a segunda, o fato de as cadenzas dos instrumentos solistas aparecerem logo depois da exposição do tema, e não perto do fim, como geralmente ocorrem nas composições para solista e orquestra.

A estréia das “Variantes” se deu no XVII Panorama da Música Brasileira Atual realizado em outubro de 1994, no Salão Leopoldo Miguez da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro. O Regente foi o maestro e compositor Ricardo Tacuchian. A obra teve bastante sucesso, fato que atribuo mais à magnífica execução dos solistas – Regina e Eugênio, a quem está dedicada – que às qualidades intrínsecas da composição.

 

CONCERTO PARA PIANO E ORQUESTRA

Foi escrito em 1990. O Allegro inicial obedece, do ponto de vista formal, ao esquema da Sonata, levemente modificado, já que a cadenza do solista aparece entre o Desenvolvimento e a Reexposição, em lugar de ocorrer depois desta última, como é a praxe nos Concertos do Período Clássico.

Elementos do “melos” nordestino – uso da escala mixolídia – podem ser encontrados no decorrer do andamento.

A abertura do 2. o movimento, Andante, é a de um Lied. Está escrito para cordas, uma trompa e o instrumento solista. Profundamente lírico, estabelece um forte cojntraste de caráter com o primeiro e serve, ao mesmo, como uma “ponte” para o seguinte de vez que não existe solução de continuidade entre ele e o último movimento da obra.

Neste, um Allegro em forma de Rondó, reaparecem elementos da melódica regional e são usados, esporadicamente, alguns ritmos característicos da música do Nordeste. Conseguir um bom ajuste entre solista e orquestra não é fácil neste trecho da composição devido às constantes mudanças de compasso que perpassam o movimento.

A parte de piano da obra demanda do solista um marcado domínio da técnica instrumental.

Foi estreado em 1991, no Recife, com a Orquestra Sinfônica da cidade, atuando como solista a pianista Eldia Carla de Farias sob a direção do Autor. No mesmo ano foi apresentado no Panorama da Música Brasileira Atual (Rio de Janeiro), na Bienal de Música Brasileira Contemporânea (Rio de Janeiro), e nas temporadas das Orquestras Sinfônicas do Rio Grande do Norte e da Paraíba.

 

CONCERTO PARA VIOLINO E ORQUESTRA

O “Concerto para Violino e Orquestra” foi escrito in memoriam do Maestro Arlindo Teixeira (1936). Uma amizade forte e sincera nos uniu até seu prematuro falecimento (1992).

Desde sua chegada à Paraíba (1959), Arlindo sentiu-se profundamente identificado com as tradições e o povo do Nordeste.

Sabedor desse seu carinho pelas nossas manifestações culturais, achei conveniente, quando decidi escrever o Concerto em sua homenagem, que o material motívico a partir do qual seria elaborado deveria apresentar o “sabor” peculiar do cancioneiro regional. Por essa razão, utilizei, nos três movimentos que compõem a obra, certas constantes – escalas e giros melódicos e rítmicos – típicas da música popular e folclórica nordestina.

O primeiro movimento, Allegro, segue os critérios formais da Sonata clássica. O primeiro tema, exposto pelo Solista, é imediatamente repetido pela Orquestra. Uma série de motivos baseados em características de “melos” regional leva ao segundo tema, também apresentado pelo instrumento solista. A Exposição finaliza com um breve episódio que serve para introduzir o Desenvolvimento, onde o material temático inicial é utilizado num longo diálogo entre o Solista e a Orquestra. Na reexposição os dois temas principais aparecem levemente modificados. O movimento acaba numa codetta onde as Flautas e o Violino solista apresentam, de maneira resumida, os dois fragmentos musicais que conformam a estrutura do trecho.

Cabe ainda ressaltar que o ritmo de xaxado perpassa como elemento unificador, todo o andamento que, sem solução de continuidade, se liga com o segundo, Recitativo Dança – Recitativo, um Lied em três partes. Na primeira, o instrumento solista executa – sem a participação da Orquestra – uma longa e pungente melodia baseada em escalas modais típicas do Nordeste. Este Recitativo é seguido, sem interrupção, por uma Dança (Cabocolinhos) que introduz um forte elemento de contraste na estrutura do movimento. De maneira imprevista, o ritmo marcante do folguedo carnavalesco é interrompido pela reaparição do Recitativo que, enriquecido por trechos oriundos da Dança, encerra o andamento de maneira meditativa.

A última parte da composição, Allegro Vivace, obedece ao esquema formal A-B-C-B-A. O 1. o tema, de acentuado caráter nordestino, é apresentado pelo Violino solista. Depois de um trecho onde o instrumento principal executa passagens de caráter virtuosístico, um solo de Tímpano conduz a “B”, um fugato cujo motivo é exposto pelo solista, e ao qual a Orquestra se incorpora paulatinamente. Novamente um solo de Tímpano nos introduz em “C”. Esta passagem, em tempo mais moderado, está baseada na paráfrase de uma toada de Catimbó recolhida por Mário de Andrade na Paraíba em 1928. A mesma é exposta inicialmente pelo Violino solo para depois ser tratada em imitações de caráter contrapontístico por diversos instrumentos da Orquestra. Reaparece o Tímpano, desta vez para servir de nexo com o tema “B” (fugato), seguido, logo depois, pela reexposição do motivo “A”, agora executado pela Orquestra. A obra se encerra com uma passagem brilhante onde cabe ao instrumento principal um papel de destaque.

José Alberto Kaplan

 

OS INTÉRPRETES

Regente convidado
Carlos Anísio de Oliveira e Silva

 

Iniciou seus estudos muisicais na Escola de Música Antenor Navarro com os professores Ema Sagstetter (Teoria e Solfejo) e Valdomiro Lima (Oboé). Graduou-se em Música (1983) pela UFPB, tendo entre seus principais professores José Alberto Kaplan, Ilza Nogueira, Silvério Maia (Matérias Teóricas), Wolfgang Groth (Regência) e Roberto Di Leo (Oboé). Obteve o título de Mestre em Regência Orquestral (1977) pela UFBA, realizando, sob a orientação do Dr. Erick Vasconcelos, pesquisa sobre a obra orquestral de Alberto Nepomuceno.

Diretor musical e compositor premiado de trilhas sonoras para balé e teatro, como “O Caldo da Cana”, “Paraibanadas”, “A Estória da Tonta Baratinha”, “Ai! Meu Dentinho”, “Estaciones Porteñas”, “Alma Brasileira”, “Código Nacional de Trânsito”, “Vide a Obra – ou Consulte a Bula”, “O Pequenino Grão de Areia”, “Fuga y Mistério”, “Rock Monstro”, “No Tempo na Cresthomania”, “Todas as Ondas do Rádio”, “Viva a Nau Catarineta '”, entre outras.

Foi regente preparador do coro das óperas “Lo Schiavo”, de Carlos Gomes (Recife/1986), “La Traviata”, de Giuseppe Verdi (Recife/Natal/João Pessoa/1997) e da “Missa Brasileira do Descobrimento”, de Cussy de Almeida (Recife/2001).

Há oito anos dirige o Coro de Câmara Villa-Lobos, com o qual gravou os CDs “Cancioneiro de Ipuarana” e “Todas as Ondas do Rádio”.

Coordenou as áreas de Música do X Festival de Arte da Paraíba (1986), do Projeto Pixinguinha (1987/88) e do Projeto CumpliCIDADES (1992), além dos IV, V e VI Festival Nacional de Arte – FENART (1998/1999/2000).

Regeu as Orquestras: Sinfônica da Paraíba, Rio Grande do Norte, UFBA, de Câmara da UFPB e Juvenil da UFPB, à frente da qual realizou, em 1998, uma série de concertos nas cidades portuguesas de Ovar, Vale de Cambra, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e Praia do Furadouro.

Ocupou, de agosto de 1997 a fevereiro de 2002, o cargo de Chefe do Departamento de Música da UFPB e, como tal, atuou como Diretor Artístico do III e IV Festival Nacional de Música de Câmera-PB ( 1999/2001).

Participou como regente e compositor do CD “Mário de Andrade por Músicos da Paraíba”, lançado em 1993 pela UFPB, no centenário daquele intelectual. Atuou como Diretor Artístico, compositor, regente e arranjador nos CDs “Viva a Nau Catarineta”, “Poetas Sem Conserto” e “Travessuras: Dez Canções Infantis”, e como regente na regravação da “Cantata pra Alagamar”, de José Alberto Kaplan e Waldemar J. Solha.

Assina a Pesquisa/Direção Musical do CD “Antologia Musical: Viva Pedro Santos!”

 

Fernando Müller

 

Natural do Paraná, iniciou seus estudos musicais com Helena Farias no Conservatório Pernambucano de Música, prosseguindo-os com Sara Kauffman, na Universidade Federal de Pernambuco.

Concluiu o Bacharelado em Música (Piano) no Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba sob a orientação do professor José Alberto Kaplan. Posteriormente realizou Curso de Mestrado na Universidade de Montreal, Canadá, com o pianista Marc Durand.

Participou de diversos Festivais e Masterclasses, quando teve oportunidade de receber aulas de renomados executantes como Marco Antônio Almeida (Brasil-Alemanha), Mariane Jacobs (Suécia), Antônio Guedes Barbosa (EUA), Luís Carlos de Moura Castro (EUA), Dang Thai Son, José Van Dam, Grace Bumbry, Marilyn Horne e Dalton Baldwin.

Realizou Curso de Especializão em co-repetição com a professora Kathe Janiczewzki (Brasil-Alemanha).

Atuou como co-repetidor no I e no II Curso Internacional de Canto, e na fase eliminatória do I Concurso Nacional de Flautistas, realizados em Pernambuco. Em 2003, participou, a convite da Embaixada do Canadá em Brasília, da Semana da Francofonia junto à Soprano canadense Anik St. Louis.

Em 1997 obteve o 1. o Lugar no II Concurso Nacional de Jovens Cameristas, realizado em João Pessoa (PB).

Como recitalista se apresentou com sucesso em vários estados do Brasil e recentemente nos Estados unidos e Canadá.

Atuou como solista sob a regência dos maestros Sergio Barza (Orquestra de Câmara Collegium Musicum – PE), José Alberto Kaplan (Orquestra de Câmara do Departamento de Música da UFPB) e Marlos Nobre (Orquestra Sinfônica do Recife – PE).

Atualmente se desempenha como professor de piano na UFPE e integra o corpo docente do Conservatório Pernambucano de Música.

É pianista, por concurso, da Orquestra Sinfônica de Recife.

 

Ronedilk Dantas

 

Iniciou seus estudos musicais em 1979 na Escola de Música Antenor Navarro em João Pessoa. Em 1980 ingressou no curso de Extensão da Universidade Federal da Paraíba, onde estudou violino sob a orientação do professor Yerko Tabilo, com quem viria finalizar, em 1994, o Bacharelado em Música.

Ao longo de sua formação como violinista, participou de importantes festivais de música tais como a VI Oficina de Música de Curitiba (1988), o Curso Internacional de Música de João Pessoa – PB (1990), o Primeiro Festival de Artes de Itu (1993) e o Curso de Improvisação na Educação Musical Recife-PE (2001), tendo a oportunidade de ser orientado por renomados mestres como Erich Lehninger, Elisa Fukuda, Sidney Harth, Robert McDuff, Imanuel Wilheim, Paulo Bosísio e Violeta de Gainza, nas cadeiras de violino, prática de orquestra, música de câmara e musicologia.

Foi vencedor e melhor intérprete de música brasileira no X Concurso de Jovens Instrumentistas de Piracicaba (1989), Também obteve o 1.° Lugar no I Concurso Norte-Nordeste da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Participou como recitalista e professor de violino do Festival de Música de Câmara de Curitiba (2001), dos 26.°, 27.° e 28.° Festival de Inverno de Campos do Jordão e do XIX e XX Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília.

Ingressou em 1993 no Quinteto da Paraíba, iniciando uma notável carreira como camerista e divulgador da Música Nordestina e Armorial. Participou de diversos festivais nacionais e internacionais, como o Festival de Flandres. Com o referido conjunto realizou três tournées pelo exterior, divulgando a Música Brasileira em países da Europa e América Latina, alcançando sempre grande repercussão de público e da crítica especializada.

Gravou os CDs “Armorial & Piazzola”, “Capiba e Gonzagão”, “Um Abraço pra Ti Pequenina”, “Brasileirança” (Kuarup Discos), “Música Armorial” (Nimbus Records/Inglaterra) e “A Pedra do Reino” (independente).

Como solista atuou sob a regência dos Maestros Osvaldo D´Amore, Osman Gioia, Rafael Garcia, Luiz Carlos Durier, Ernest Mahle, Carlos Veiga, Elena Herrera e Eleazar de Carvalho, apresentando um repertório de alta exigência técnica e expressiva.

Foi Spalla da Orquestra Sinfônica da Paraíba durante quatro anos e posteriormente assumiu o cargo de violinista principal do naipe dos segundos violinos.

Atualmente é professor de violino da Escola de Música Antenor Navarro, onde ingressou no ano de 1998, desenvolvendo simultaneamente pesquisas na área de educação musical.

 

O Duo – Regina Lima
e Eugênio Lima 

 

Em 1982, os irmãos Regina Lima (flautista) e Eugênio Lima (violinista) formaram um Duo para pesquisar e difundir o repertório original para flauta e violão incentivando, ao mesmo tempo, os compositores da região a escrever para esse tipo de formação camerística.

O Duo fez sua estréia num recital realizado a convite da Sociedade de Cultura Musical do Rio Grande do Norte. A partir daí não mais parou. Entre suas principais apresentações podemos destacar a participação na Semana Villa-Lobos (1987), a tournée pelo Brasil com o programa “Tangos de Piazzolla” (1989), o Concerto de Música Latino-Americana, na Escola de Música da UFRN e os realizados no XV e XVII Panoramas da Música Brasileira Atual, no Rio de Janeiro (1992 e 1994). Nestes eventos apresentaram composições de Danilo Guanais e as “Variantes” de José Alberto Kaplan, esta última em estréia mundial, com a Orquestra Sinfônica da UFRJ, sob a regência do professor e maestro Ricardo Tacuchian. Posteriormente, esta obra foi executada com a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte sob a regência do maestro Osvaldo D´Amore.

Entre 1992 e 1995 Regina e Eugênio cursaram, no Rio de Janeiro (UFRJ), o Mestrado em suas respectivas áreas. Na ocasião, desenvolveram um trabalho camerístico intenso, sob a orientação do professor e fagotista Noel Devos.

Eugênio Lima de Souza foi aluno dos professores Fidja Siqueira, Álvaro Pierri e Thomas Patterson. É detentor de vários prêmios nacionais. Internacionamente fez apresentaçõs no IV Festival de Música Brasileira em Sanary, França, e realizou palestras e masterclasses no Arizona, EUA.

É professor da Escola de Música da UFRN desde 1984, onde leciona as disciplinas Violão, Música de Câmara, e História e Literatura do Violão.

Regina Maria Lima de Souza Gurgel Machado estudou com os Professores Wascily Simões dos Anjos, Odette Ernest Dias e Celso Woltzehnlogel.

Lecionou, até sua aposentadoria, as disciplinas de Flauta Transversal, Flauta Doce e Teoria e Percepção na Escola de Música da UFRN.

Foi Flautista do Quinteto de Sopros da referida casa de estudos e 1.ª Flauta da Orquestra Sinfônica do RN.

Atualmente é professora concursada de Flauta Transversal na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN.

 

ORQUESTRA DO DEPARTAMENTO DE MÚSICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB

Regente convidado: Maestro Carlos Anísio

Violinos I

  • Leopoldo R. Nogueira (Spalla)*
  • Yerko Fco. Pinto Tabilo (Spalla)**
  • Rucker Bezerra de Queiroz
  • Renata Simões Borges da Fonseca
  • Pedro Pinto Rojas
  • Lara Venusta de Almeida Lemos
  • Sandra Martins Cabral Aquino
  • Vladimir Machado Rufino

Violinos II

  • Ronedilk C. Dantas (Chefe de Naipe)
  • Hermes Cuzzuol (Chefe de Naipe) ***
  • Dominique Toupin
  • Thiago Almeida Cavalcanti
  • Ana Elizabeth da Cruz Ribeiro
  • Dario Américo Batista
  • Marx Rodrigues de A. Queiroz
  • Renata Athayde

Violas

  • Samuel Espinoza (Chefe de Naipe)
  • Luiz Carlos Silva Júnior
  • Ariana Perazzo da Nóbrega
  • Anne Katarinne Leite
  • Magno Job de Andrade

Violoncelos

  • Nelson H. Campos Videla (Chefe de Naipe)
  • Francieudo da Silva Torres
  • Kalim D. A. Campos
  • Kayami Satomi Farias
  • Rodolpho Cavalcanti Borges

Contrabaixos

  • Luciano Carneiro (Chefe de Naipe)
  • Hercílio Antunes
  • André Cardoso de Souza
Flautim
  • Rogério de Castro Acioli

Flautas

  • Gustavo Ginés de Paco de Gea (I)
  • Plutarco Elias Sales Filho (II)

Oboés

  • Roberto Carlos di Leo (I)
  • João Johnson dos Anjos (II)

Clarinetes

  • Carlos Rieiro (I)
  • José de Arimatéia F. Veríssimo (II)

Fagotes

  • Heleno Feitosa Costa Filho (I)
  • Egon Figueroa Hidalgo (II)

Trompas

  • Cisneiro Soares de Andrade (I)
  • Marcos Pereira da Costa (II)
  • Radegundis A. T. Feitosa (III)
  • Robson Gomes da Silva (IV)

Trompete

  • Ayrton Muzel Benck Filho (I)
  • Gláucio Xavier da Fonseca (II)

Trombones

  • Radegundis Feitosa Nunes (I)
  • Roberto Ângelo Sabino (II)
  • Sandoval M. de Oliveira (Baixo)

Tuba

  • Valmir Vieira da Silva

Tímpanos

  • Germana França da Cunha

Piano

  • José Henrique Martins

Percussão

  • Francisco Xavier de Souza Neto
  • Glauco José Andreza do Nascimento


* Variantes para Flauta, Violão e Orquestra/Concerto para Violino.
** Abertura Festiva/Concerto para Piano e Orquestra.
*** Concerto para Violino e Orquestra.