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Eli-Eri Moura

por Compomus publicado 15/10/2019 22h38, última modificação 15/07/2020 21h28

EliEriBioELI-ERI MOURA                            

Nascido em 30 de março de 1963, em Campina Grande - PB, Eli-Eri Moura é compositor, teórico e regente. Presentemente, trabalha no Departa- mento de Música da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, como professor dos programas de Graduação e Pós-Graduação em Música. Foi o idealizador do Laboratório de Composição Musical - COMPOMUS, tendo sido seu primeiro coordenador, função que exerceu por dois mandatos consecutivos (fev. 2003 a fev. 2007). Primeiro profissional na história da UFPB a ser contratado como professor de composição, foi responsável pela implantação dessa área em diversos níveis, incluindo os cursos de extensão em composição do COMPOMUS, em 2003, dos quais surgiu o atuante grupo Novos Compositores da Paraíba. Desde 2003, Eli-Eri Moura é Coordenador da Área de Disciplinas Teóricas – CDT do Departamento de Música da UFPB.

Graduou-se no curso de Bacharelado em Música – Piano, em 1985, pela UFPB, tendo sido aluno de Myriam Ciarlini. Em seguida, realizou o Curso de Especialização em Música do Século XX, também na UFPB, sob orientação de Ilza Nogueira. Estudou composição com José Alberto Kaplan e Mário Ficarelli, no Brasil, e posteriormente com Alcides Lanza, John Rea e Brian Cherney, no Canadá, onde obteve seus títulos de Mestre e Doutor em Composição pela McGill University, Montreal, com bolsas da CAPES e da universidade canadense.

Seu catálogo inclui mais de 100 títulos: peças para diversos grupos de câmara, coro e orquestra, assim como músicas para peças de teatro, vídeos e filmes. Suas trilhas sonoras ganharam diversos prêmios em festivais brasileiros, incluindo o 10.º Vitória Cine Vídeo, Vitória – ES, em 2003. Trechos de algumas dessas trilhas encontram-se gravados no CD Eli-Eri Moura: Trilhas, lançado em 1996, como resultado da primeira colocação no Edital de Auxílio à Gravação de Discos e Circulação de Espetáculos em Música no Estado da Paraíba, promovido pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (FUNESC). Sua obra para coral está sendo publicada nos Estados Unidos pela Editora Cantus Quercus.

Participou de importantes festivais como compositor: Bienal de Música Brasileira Contemporânea, Rio de Janeiro (sete participações ao todo, desde 1985, quando foi o mais jovem compositor do evento); Festival Música Nova, Santos; MusiOctober New Music Festival, Montreal; Encontro de Compositores Latino-Americanos, Porto Alegre; etc. Em 2002, foi selecionado através de concursos para participar do World Music Days, da International Society for Contemporary Music (ISCM), um dos mais importantes festivais internacionais de música contemporânea, realizado nesse ano em Hong Kong (China), com a peça Circumsonantis, para quarteto de cordas. Na ocasião, foi o único representante brasileiro.

Seu trabalho no campo da teoria da música tem sido divulgado em importantes periódicos nacionais e internacionais, como Contemporary Music Review (no qual publicou um longo artigo sobre o compositor francês Edgard Varèse), Em Pauta, Per Musi e Musica Hodie, e através de palestras em universidades nacionais e estrangeiras, como McGill University (Canadá), USP, UFPR, UFRN, UFCG, etc.

Além de professor na Escola de Música do Estado da Paraíba Antenor Navarro, onde lecionou harmonia, contraponto e análise, Eli-Eri Moura foi regente do Madrigal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal (1986 e 1987), do Grupo Anima (de música antiga), João Pessoa (1985 a 1989), e do Coral Universitário da Paraíba Gazzi de Sá, João Pessoa (1985 a 1989; 1992 a 1996), com os quais se apresentou um sem-número de vezes em João Pessoa, cidades do interior da Paraíba e em várias outras capitais de Estado (Recife, Natal, Maceió, Aracaju, São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza). Com o Coral Universitário da Paraíba gravou o CD institucional Eli-Eri Moura: Requiem Contestado (uma peça de sua autoria, para solistas, coro e orquestra de câmara), lançado em 1996 pela UFPB.

Eli-Eri Moura recebeu distinções como o Diploma de Menção Honrosa por Destaque em Atividades Culturais, outorgado pelo Conselho Estadual de Cultura da Paraíba, em 1994; Dean´s Honour List due to outstanding performance, pelo desempenho acadêmico durante o Curso de Mestrado, McGill University, Canadá, 1995; Max Stern Fellowship in Music, McGill University, Canadá, 1996. Foi integrante titular do Conselho Estadual de Cultura da Paraíba no período de julho de 1995 a agosto de 1996. É membro da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea e da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM).

Em 2005, foi contemplado pelo Programa Petrobrás Cultural 2004–2005 para gravar parte de sua produção de música contemporânea no CD Eli-Eri Moura: Música Instrumental, a ser lançado em 2007.

Em dezembro de 2006, lançou o CD Eli-Eri Moura: Música de Câmara, patrocinado pelo FIC – Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos, do Governo do Estado da Paraíba, com o GRUPO SONANTIS, de música contemporânea (UFPB), do qual é diretor. Atualmente, escreve o livro O Estudo da Harmonia Tonal: Uma Abordagem Composicional a Partir da Gestalt.

Eli-Eri Moura dedica-se ao desenvolvimento de um processo composicional por ele chamado música desfragmental, aplicado em suas peças de concerto. Esse processo recria e sintetiza vários procedimentos da música contemporânea, e interage, de forma estrutural, com referências de manifestações musicais populares brasileiras, cujos elementos são explorados a partir de aspectos microdimensionais (processos de desfragmentação). Concomitantemente, o compositor também trabalha com uma linguagem que recorre a um léxico musical mais convencional e acessível, adotada em algumas de suas obras corais e em sua música incidental.

 

50 composições selecionadas, representativas de diferentes fases:

PEÇAS DE CONCERTO

1 Isophonie I, para violoncelo solo, 2005. 
Módulo I  - Coco de Tebei
Módulo II  - Reisado
Módulo III  - Incelença
Módulo IV  - Canto de Casa de Farinha
Gravado por Felipe Avellar de Aquino.
2 Circumversus, para flauta, clarinete, violino e violoncelo, 2005.
Gravado pelos seguintes membros do Grupo Sonantis (UFPB): Felícia Coelho, flauta; Amandy Bandeira, clarinete; Vladimir Rufino, violino; Kayami Farias, violoncelo. Diretor Artístico: Eli-Eri Moura.
3 Nouer I, para oboé e piano, 2006.
Gravado pelos seguintes membros do Grupo Sonantis (UFPB): Roberto Carlos Di Leo, oboé; José Henrique Martins, piano.
4 Maracatum, para trio de percussão, 2005.
Gravado pelos seguintes membros do Grupo Sonantis (UFPB): Germanna França, percussão I; Chiquinho Mino, percussão II; Glauco Andreza, percussão III. Diretor Artístico: Eli-Eri Moura.
5 Opanijé Fractus, para quinteto de sopros, 2004.
Gravado pelos seguintes membros do Grupo Sonantis (UFPB): Gustavo Ginés de Paco de Gea, flauta; Roberto Carlos Di Leo, oboé; Carlos Rieiro, clarinete; Cisneiro Andrade, trompa; Costa Filho "Costinha", fagote. Diretor Artístico: Eli-Eri Moura.
 6 Salmo 150, para 9 vozes e percussão, 2004 (há outras versões para coro misto, órgão e     percussão, 1986; e coro misto, orquestra de cordas e percussão, 2003).
 7 Recordabilis Bach, para 6 trombones, 2004.
 8 Homenagem a Waldemar Henrique – Pequena Fantasia sobre a Canção Minha     Terra, para quinteto de metais, 2004.
 9 Salmo 121, para coro a cappella, 2004.
10 Agnus Dei, versão para coro misto e orquestra de cordas, 2003 (há outra versão para coro     misto a cappella, 1993 - revisada em 1998).
11 Noite dos Tambores Silenciosos, para orquestra sinfônica, 2002-2003.
12 Circumsonantis, para quarteto de cordas, 1999.
13 Candomblé, para orquestra de câmara, 1998.
14 Nocturnales, para orquestra de câmara, 1995.
15 Requiem Contestado, para soprano, tenor, recitante, coro misto e orquestra de câmara     [Texto extraído da Liturgia da Missa e do Réquiem latinos, com adições de W. J. Solha],     1993.
16 Adeus, para voz e piano [Texto de W. J. Solha], 1993.
17 A Velediction: Forbidding Mourning, versão para voz e piano [Texto de John Donne],     1993 ( há outra versão para solista, coro e orquestra de cordas, 1992).
18 Os Indispensáveis, para solistas, coro misto, banda de rock e orquestra sinfônica [Texto     de W. J. Solha], 1992.
19 Introitus, para sons digitais e analógicos (solo fita magnética), 1991.
20 In Somnis, para voz, trompa e piano [Texto de W. J. Solha], 1990.
21 Credo, para solistas (soprano, contralto, tenor e baixo), coro misto e 4 sintetizadores     [Texto de W. J. Solha], 1988.
22 Missa Breve, para tenor solista, coro misto e quarteto de madeiras [Texto de W. J. Solha],     1987.
23 Os Reis Simultâneos (Operetazinha Buffa), para atores-cantores, flauta, trompete,     piano, baixo elétrico e bateria [Texto de W. J. Solha], 1986.
24 Três Peças (Abertura - Interlúdio - Finale), para orquestra de cordas, 1985 (revisada     em 1999).
25 Variações, para clarinete, violoncelo e piano, 1984.
26 Pequena Suíte, para fagote e piano, 1984.
27 Peixe Vivo, versão para quinteto de sopros, 1984 (há outra versão para 3 flautas, flauta     contralto ou clarinete, e contrabaixo, 1985).
28 Dobrado, para piano, 1983.
29 Toccata, para piano, 1983 (revisada em 1987).
30 Bartokiando, para 4 flautas doces (soprano, contralto, tenor, baixo), violoncelo e violão,     1982.

MÚSICAS INCIDENTAIS

31 Olga Benário Prestes, realização MIDI [Peça de teatro de Fernando Teixeira], 2005.
32 Transubstancial, para quarteto de cordas [Filme de Torquato Joel], 2003.
33 As Pelejas de Ojuara, realização MIDI [Peça de teatro de Jorge Bweres], 2002.
34 Renascença – Rendas do Cariri, realização MIDI [Documentário em vídeo de Durval Leal     Filho], 2002.
35 Curtindo o Couro, realização MIDI [Documentário em vídeo de Durval Leal Filho], 2002.
36 As Cores do Algodão, realização MIDI [Documentário em vídeo de Torquato Joel], 2002.
37 Passadouro, para violoncelo solo [Filme de Torquato Joel], 1999.
38 O Verme na Alma, para sons digitais e analógicos [Filme de Torquato Joel], 1998.
39 A Mais Forte, realização MIDI [Peça de teatro de Elvira D'Amorim], 1996.
40 Campos de Abundância, realização MIDI [Documentário em vídeo de Durval Leal Filho],     1995.
41 Para'iwa, realização MIDI [Documentário em vídeo de Marcus Vilar e Durval Leal Filho],     1994.
42 Anayde, realização MIDI [Peça de teatro de Fernando Teixeira e Paulo Vieira], 1992.
43 A Verdadeira Estória de Jesus, realização MIDI [Peça de teatro de W. J. Solha], 1988.
44 A Batalha de OL Contra o Gigante FERR, realização MIDI [Peça de teatro de W. J.     Solha], 1986.
45 Romeu e Julieta, para 4 flautas doces (soprano, contralto, tenor, baixo) e violão [esquete     teatral: cena da morte dos personagens shakespearianos], 1985.

ARRANJOS

46 Boi-Bumbá {Waldemar Henrique}, para quinteto de metais, 2004.
47 Brejeiro {Ernesto Nazareth}, para quarteto de cordas, 1996.
48 Cio da Terra {Milton Nascimento e Chico Buarque}, versão para coro misto e orquestra     sinfônica, 1992 (há outras versões para coro misto e flautas doces, 1985; e coro misto e orquestra de cordas, 1986).
49 Sete Cantigas para Voar {Vital Farias}, para coro misto, 1985.
50 Carinhoso {Pixinguinha}, para 4 flautas doces (soprano, contralto, tenor, baixo) e violão,     1982.

 

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