Você está aqui: Página Inicial > Contents > Notícias > Julho Verde: campanha de prevenção e conscientização do câncer de cabeça e pescoço
conteúdo

Notícias

Julho Verde: campanha de prevenção e conscientização do câncer de cabeça e pescoço

publicado: 08/07/2021 08h06, última modificação: 08/07/2021 08h06

O câncer não pode esperar. A Campanha Julho Verde 2021 chega no momento em que o país enfrenta a 3ª onda de Covid-19. O medo pelo risco de contágio pelo Coronavírus impactou 43% dos pacientes em tratamento de câncer, mostra levantamento do Instituto Oncoguia.

Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), que há 6 anos encabeça o Julho Verde no Brasil, o momento é de reforçar as ações. Com o slogan ‘Desperte a Esperança, Venha para o Julho Verde’, SBCCP reconhece o abalo da saúde emocional e como isso reflete no tratamento do câncer.

 

Dia 27 de julho é o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço e, para conscientizar os brasileiros sobre a importância do diagnóstico precoce para a eficácia no tratamento, a Associação de Câncer de Boca e Garganta - ACBG Brasil criou a campanha Julho Verde. O objetivo da campanha é chamar atenção para um tumor cujos sintomas, muitas vezes, são negligenciados. A prova disso é que um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, causando uma perda significativa da qualidade de vida durante e após o tratamento, na maioria dos casos com o comprometimento da fala e outras sequelas funcionais e psicológicas.

 

Em apoio à campanha da Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG), que tem por iniciativa estimular a prevenção “boca a boca”, sendo a boca um dos alvos da doença, e dela deve sair a mensagem de alerta, a SBCCP e seus institutos parceiros chamam a atenção de toda a população para a importância dessa prevenção e a urgência de implementação de políticas públicas por parte das autoridades de saúde.

Incidência

No Brasil, o câncer de cabeça e pescoço deve acometer anualmente de 35 mil a 40 mil brasileiros. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de boca, laringe e demais sítios é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, é o quinto mais comum, ficando atrás do câncer de mama, tireoide, cólon e reto.

O câncer de cavidade oral é o sétimo mais comum no Brasil. Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de cigarro pode ocasionar a doença, assim como a exposição excessiva aos raios solares. O HPV também está associado ao câncer de cabeça e pescoço. O diagnóstico da doença entre jovens (menores que 45 anos) tem se tornado frequente, decorrentes de tumores originados pelo HPV.

Em 2020, o câncer de tireoide acometeu aproximadamente 12 mil mulheres (novos casos). Entre os homens, foram 11 mil novos casos; e em laringe, aproximadamente 6,5 mil novos casos.

Prevenção

Cerca de 60% dos casos de câncer de cabeça e pescoço são diagnosticados tardiamente, aumentando as possibilidades de sequelas no paciente e diminuindo as chances de cura.

Grande número de pessoas deixou de realizar exames regulares desde o início da pandemia de Coronavírus, o que contribuiu para dificultar o diagnóstico em estágio inicial. A ideia da campanha este ano é reforçar a divulgação para aumentar a chance de sobrevida e de reabilitação a partir do diagnóstico precoce.

Cabeça e Pescoço

Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais. Mexem, portanto, com a estética facial, a deglutição, a alimentação e a voz do paciente.

Como evitar

  • Não fumar;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Ter alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
  • Manter boa higiene bucal;
  • Usar protetor solar e evitar exposição ao sol prolongada;
  • Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Recomendar a vacinação do HPV para os meninos de 11 a 14 anos e para meninas de 9 a 14 anos.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço; site da PROGEP/UFPB; site da UNICAMP.