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Campanha na UFPB arrecada bombonas e garrafas PET para distribuição de sanitizantes

Material de higiene e limpeza será doado para indígenas, quilombolas, ciganos e nas periferias
publicado: 21/07/2020 21h55, última modificação: 22/07/2020 13h50
A arrecadação está ocorrendo na garagem do prédio da Reitoria da UFPB, no campus I, em João Pessoa. Foto: Angélica Gouveia

A arrecadação está ocorrendo na garagem do prédio da Reitoria da UFPB, no campus I, em João Pessoa. Foto: Angélica Gouveia

Observatório Antropológico e o Laboratório de Sanitizantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) estão promovendo campanha para arrecadar 16 mil bombonas plásticas de até 5 litros e garrafas PET de 2 litros, de 1 litro e de 500 ml.

Essas embalagens recicláveis serão úteis para ajudar a distribuir materiais de limpeza e higiene em comunidades indígenas (potiguaras, tabajaras, waraos), quilombolas (mituaçu),  ciganas e na periferia urbana de João Pessoa.

De acordo com Rita de Cássia, professora da UFPB e uma das responsáveis pela campanha, essas comunidades tradicionais são mais vulneráveis em uma situação de risco.

“A gente se somou a uma ação que já vinha em curso dentro da universidade, dirigida pelo professor Aluísio Souto, com o auxílio de outros coordenadores. É um trabalho desenvolvido com o Laboratório de Sanitizantes, no campus I, em João Pessoa”, conta Rita de Cássia.

De acordo com a professora da UFPB, no início do surto pandêmico, existia a escassez de álcool 70%, álcool em gel e produtos de higiene. “O Laboratório de Sanitizantes da UFPB iniciou essa produção primeiramente para atender aos hospitais e demais unidades de saúde. Depois, junto ao Observatório Antropológico, no atendimento às comunidades".

A professora da UFPB relata que outra preocupação do observatório e do laboratório é o impacto ambiental provocado pelo abandono inadequado dessas embalagens plásticas. “A embalagem plástica pode gerar um impacto ambiental muito grave, levando muito tempo para se decompor. O trabalho de reciclagem das embalagens pode atuar tanto na frente ambiental quanto reduzir o custo orçamentário na fomentação desses produtos para a comunidade”.

Rita de Cássia enfatiza a necessidade de higienização no material antes da doação. “É importante frisar que o ideal é que as pessoas façam uma pré-higiene do que for doar, tentando deixar o mínimo de resíduos”, argumenta.

O observatório antropológico da UFPB é uma iniciativa que busca acompanhar o impacto do  novo coronavírus nas populações tradicionais e periféricas na Paraíba.  Além da distribuição de materiais de higiene e limpeza, o grupo pretende criar uma rede de costureiras para a produção de máscaras reutilizáveis.

“Também elaboramos notas técnicas, boletins de avanço epidemiológico, campanhas informativas, planos de ação que buscam auxiliar o poder público na implementação de medidas, análises de dados estatísticos e uma série de iniciativas que podem ser acompanhadas no site e redes sociais do projeto”, afirma a professora Rita de Cássia.

Participam também da ação solidária as coordenadoras Patrícia Pinheiro e Aina Azevedo, professores e estudantes da UFPB e lideranças indígenas, quilombolas e ciganas. A arrecadação ocorre na garagem do prédio da Reitoria da UFPB, no campus I, em João Pessoa.  A entrega pode ser agendada por meio de mensagem para o perfil do observatório no Instagram e através do e-mail observantropologia@gmail.com.

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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB