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Dados preliminares de estudo da UFPB indicam que 96,2% dos estudantes e trabalhadores do Ensino Superior na Paraíba consideram a Covid-19 perigosa

Dos 395 participantes, 26,8% consumiram medicamento sem prescrição para prevenir a doença
publicado: 05/10/2020 23h31, última modificação: 06/10/2020 00h27
De acordo com a pesquisa da UFPB, 70,1% dos estudantes e trabalhadores do Ensino Superior na Paraíba ainda estão em quarentena. Crédito: Autor Desconhecido

De acordo com a pesquisa da UFPB, 70,1% dos estudantes e trabalhadores do Ensino Superior na Paraíba ainda estão em quarentena. Crédito: Autor Desconhecido

Um estudo realizado pela  pesquisadora Polyanna Arruda, sob orientação da professora Anna Alice Figueirêdo, do Programa de Pós-graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), avalia os impactos da pandemia do novo coronavírus na saúde mental e no consumo de medicamentos sem prescrição médica, por parte dos estudantes e trabalhadores do Ensino Superior na Paraíba.

Até agora, 395 pessoas responderam ao questionário on-line. Segundo os dados preliminares da pesquisa, 96,2% consideram a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, uma infecção perigosa e 26,8% afirmaram ter utilizado medicamentos para preveni-la. Entre os fármacos mais utilizados, estão a ivermectina, a azitromicina e a hidroxicloroquina.

Em menor percentual, também foram mencionados outros medicamentos como anti-inflamatórios não esteróidais (corticoides) e complexos vitamínicos. Conforme o estudo, 70,1% dos estudantes e trabalhadores do Ensino Superior na Paraíba ainda estão em quarentena.

A pesquisa ainda revela que 83,8% dos estudantes e trabalhadores do Ensino Superior na Paraíba ficaram em isolamento social por mais de três meses, 6,9% não aderiram ao isolamento social ou outra medida de restrição comunitária, 74,9% socializa mais frequentemente por contatos virtuais e 80,8% afirmam ter percebido alterações na sua saúde mental.

“Os participantes também mencionaram que se sentem ansiosos, tristes e estressados. Nosso trabalho poderá contribuir para a formulação de políticas públicas e ações socioeducativas para o uso racional e seguro dos medicamentos, principalmente diante de surtos epidemiológicos”, afirma a doutoranda da UFPB.

A pesquisadora da federal paraibana também busca entender a performance comunicativa durante e após o isolamento social. “Queremos compreender o impacto na qualidade de vida relacionada à voz, a fim de minimizar ou aperfeiçoar o desempenho na comunicação”.

Pode participar da pesquisa qualquer pessoa que trabalhe em universidade/faculdade e/ou realize algum curso de graduação, especialização, mestrado ou doutorado. “Escolhemos essa amostra em virtude de se tratar de uma parcela da população que, de forma geral, ainda não retornou às suas atividades laborais presencialmente”, explica Polyanna Arruda.

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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB