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Editora UFPB libera livro sobre líder camponesa paraibana para download gratuito

Nome e história de luta de Margarida Maria Alves inspiram Marcha das Margaridas
publicado: 12/08/2020 20h11, última modificação: 12/08/2020 20h11
Margarida Maria Alves foi sindicalista e defensora dos direitos humanos brasileira. Natural de Alagoa Grande, no Brejo paraibano, foi assassinada em 12 de agosto de 1983. Foto: CEJIL

Margarida Maria Alves foi sindicalista e defensora dos direitos humanos brasileira. Natural de Alagoa Grande, no Brejo paraibano, foi assassinada em 12 de agosto de 1983. Foto: CEJIL

A Editora da Universidade Federal Paraíba (UFPB) liberou livro sobre a líder camponesa paraibana Margarida Maria Alves (1933-1983) para download gratuito.

O nome e história de luta sindicalista e defensora dos direitos humanos brasileira, natural de Alagoa Grande, no Brejo paraibano, inspiram a Marcha das Margaridas, manifestação realizada desde 2000 por mulheres trabalhadoras rurais do Brasil.

A marcha acontece sempre no dia 12 de agosto porque foi em um dia como esse, só que em 1983, que Margarida Maria Alves foi assassinada. Nesta quarta-feira (12), o movimento celebra 20 anos de atuação.

O livro “Margarida, Margaridas: Memória de Margarida Maria Alves (1933-1983) através das Práticas Educativas das Margaridas”, de autoria de Ana Paula Romão de Souza Ferreira, publicado em dezembro de 2017, pela Editora UFPB,  integra a Coleção Nordestina.

De acordo com a sinopse da obra, a história da camponesa, sindicalista, militante e feminista “(a seu modo)” se deu “em meio a episódios sangrentos de luta e injustiças das ligas camponesas. O sangue que escorreu da face de Margarida no brejo paraibano fecundou a terra e dela surgiram outras margaridas”.

Na apresentação do livro,  intitulada “No corpo de margarida, as pétalas feridas da nação” e assinada por Wilma Martins de Mendonça, a articulista relata que, no dia 12 de agosto, do ano de 1983, novas mortes assombraram o mundo camponês brasileiro.

“Desta feita, atingiriam a Presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB), Margarida Maria Alves, assassinada, covarde e barbaramente, pelos senhores de terras do Brejo paraibano. Seus algozes seriam amparados pela justiça paraibana, permanecendo impunes até os dias de hoje”.

Ainda na apresentação do livro, Wilma Martins de Mendonça afirma que a publicação demonstra, de forma inequívoca, que Margarida Maria Alves continua viva nas lembranças paraibanas, “como figura feminina exemplar, na ininterrupta construção de um mundo sonhado pelos camponeses e camponesas da Paraíba, para o nosso Estado e para o nosso país”.

As Ligas Camponesas foram organizações de camponeses formadas pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) a partir de 1945. Foi um dos movimentos mais importantes em defesa da reforma agrária e da melhoria das condições de vida no campo no Brasil. 

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Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB