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Estudo com participação da UFPB revela práticas do uso de máscaras contra Covid-19 na Paraíba

publicado: 12/11/2021 18h03, última modificação: 12/11/2021 18h03
Mulheres, + 35 anos, casados, com renda acima de sete salários e com pós usam mais

Estudo com participação de duas pesquisadoras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revela práticas do uso de máscaras contra a Covid-19 no Estado. Mulheres, pessoas acima de 35 anos, casados, pessoas com renda acima de sete salários-mínimos e com pós-graduação usam mais o equipamento de proteção individual.

De acordo com a investigação científica, o uso de máscaras para autoproteção foi maior do que para a proteção do outro e a utilização em ambientes de saúde foi maior do que nos demais espaços de convivência.

Participaram da consulta 1.307 indivíduos de várias cidades paraibanas, com predominância do sexo feminino (78,0%), faixa etária entre 35 e 45 anos (32,3%), casados (53,3%) e com pós-graduação (46,9%). 

Com relação às medidas adotadas para evitar a Covid-19, 1.294 (97,5%) participantes disseram que também praticavam a lavagem das mãos e 1.138 (85,8%) o isolamento social.

A pesquisa foi realizada entre 16 de abril e 15 de maio de 2020, por meio de questionário online. Neste momento, ocorre sua segunda fase, por meio da qual será avaliada a prática do uso de máscaras contra a Covid-19 após um ano desta primeira análise.

Cerca de 20 pesquisadores estaduais contribuíram com a coleta de dados de modo remoto, via WhatsAppO recrutamento dos participantes aconteceu por meio de mídias digitais (WhatsApp, Facebook, Instagram), com envio de um link para o acesso a documentos virtuais: o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o formulário da pesquisa.

A opção pelo uso de questionário virtual deu-se, principalmente, por proporcionar a participação de indivíduos oriundos de várias cidades da Paraíba, assim como também por considerar o distanciamento social recomendado no período.

O formulário de coleta de dados contemplou informações gerais e a escala da prática do uso das máscaras faciais (FMUS). A escala é composta por seis itens que discorrem sobre o uso de máscaras nos ambientes públicos, de saúde e domiciliar.

Este estudo integra projeto multinacional relacionado à prática da utilização de máscaras entre o público em geral, durante a pandemia da Covid-19. No mundo, é coordenado pelo pesquisador Simon Ching Lan, da Universidade Politécnica de Hong Kong, território autônomo no sudeste da China.

No Brasil, é liderado pela pesquisadora Fernanda Ávila, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A professora do Departamento de Enfermagem Clínica da UFPB, Ana Cristina de Oliveira e Silva, é responsável pela equipe da coleta de dados no país. A docente Maria Eliane Moreira Freire, do mesmo departamento, colabora.

Medir a prática do uso de máscaras pela população no período da pandemia da Covid-19 torna-se uma estratégia de prevenção e de intervenção, principalmente nas situações de negligência do uso”, afirma Ana Cristina de Oliveira e Silva, que também atua no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFPB.

O estudo foi publicado pela Revista da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), um periódico de alto impacto. O projeto de pesquisa tem a chancela da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), entidade ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para incentivo à pesquisa no Brasil.

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Reportagem: Pedro Paz
Edição: Aline Lins
Foto: Pixabay