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Estudo da UFPB analisa dinâmica e efeitos da prática de se comparar aos outros

A pesquisa está em andamento, por meio da aplicação de questionário on-line
publicado: 13/08/2020 21h06, última modificação: 13/08/2020 21h06
A comparação social é decorrente de uma tendência de as pessoas se autoavaliarem constantemente. Foto: Autor Desconhecido

A comparação social é decorrente de uma tendência de as pessoas se autoavaliarem constantemente. Foto: Autor Desconhecido

Um estudo desenvolvido pela pesquisadora Maianna Fernandes, do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sob orientação do professor Cicero Pereira, busca entender a dinâmica e os efeitos da prática de se comparar aos outros.

A pesquisa está em andamento, por meio da aplicação de um questionário on-line. Qualquer pessoa com idade acima de 18 anos e que seja capaz de compreender as instruções pode participar.

Segundo Maianna Fernandes, a motivação para nos compararmos aos outros é uma motivação psicológica básica identificada pelo psicólogo novaiorquino Leon Festinger, na década de 1950, e que vem sendo estudada desde então. 

Essa motivação, de acordo com a pesquisadora, é decorrente de uma tendência de as pessoas se autoavaliarem constantemente. Ou seja, as pessoas avaliam suas próprias capacidades e opiniões para o seu conhecimento sobre si e sobre o mundo social. 

“No entanto, na falta de padrões objetivos para fazer essa autoavaliação, as pessoas passam a usar as outras como referência. Quando os indivíduos se sentem inseguros a respeito de suas capacidades, eles avaliam as suas próprias características, comparando-as com as de outras pessoas”, explica Maianna Fernandes. 

A pesquisadora da UFPB esclarece que as pessoas procuram validar as suas opiniões e pensamentos comparando-as com as de pessoas relevantes para elas. 

“No presente estudo, buscamos compreender a forma como os indivíduos avaliam a si mesmos em comparação com os outros e as implicações dessa avaliação na sua autopercepção”. 

Maianna Fernandes reforça que deseja compreender como as formas de fazer comparação social podem provocar diferentes respostas nos estados afetivos das pessoas. 

“A partir disso, entenderemos quais as circunstâncias que potencializam o desenvolvimento de estados afetivos mais positivos ou mais negativos”. Outras informações sobre o estudo devem ser consultadas pelos e-mails maiannafernandes@gmail.com e crp@labesp.org

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Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB