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Grupo na UFPB desmistifica estigmas e estereótipos da literatura erótica

Debate será realizado 1º de setembro, às 16h; inscrições pelo Sigeventos da UFPB
publicado: 24/08/2020 19h37, última modificação: 24/08/2020 19h37
Para a pesquisadora Myrna Andreza, preconceitos e tabus são mais presentes na literatura erótica feminina. Ela já publicou dois trabalhos do gênero na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Foto: Autor Desconhecido

Para a pesquisadora Myrna Andreza, preconceitos e tabus são mais presentes na literatura erótica feminina. Ela já publicou dois trabalhos do gênero na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Foto: Autor Desconhecido

O grupo de pesquisa Literatura, Gênero e Psicanálise da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realizará, no dia 1º de setembro, a palestra “Escrita, publicação e divulgação: o mercado editorial de livros eróticos no Brasil”. 

Interessados na discussão devem se inscrever pelo Sistema Integrado de Gestão de Eventos (Sigeventos) da UFPB. O debate começará a partir das 16h e terá a participação dos pesquisadores Myrna Andreza e Anderson Cândido. 

A iniciativa busca conscientizar a população sobre os tabus acerca do erotismo e promover diálogos a respeito da temática. O erotismo é um tema evidente, segundo os pesquisadores da UFPB, dentro da sociedade e abordado em pesquisas distintas, como nas áreas de literatura, gênero e psicanálise. 

“O nosso intuito é debater a importância da autoria erótica e pornográfica na contemporaneidade. Como a indústria literária abraça as obras, o editorial, as questões de direitos autorais, a construção e o acolhimento no mercado”, explica Myrna. 

Para a pesquisadora da UFPB, o erotismo abrange e comporta todas as ramificações presentes na sociedade. No caso específico da literatura, Myrna conta que o texto erótico perpassa diversas épocas da história da humanidade e provém desde o surgimento da escrita. 

“O gênero ainda é bastante discriminado pela sociedade e carece de um espaço maior no mercado. Por isso, a importância de palestras e discussões pautadas em uma visão crítica e consciente relacionada ao assunto, com o intuito de desmistificar estigmas e estereótipos”, destaca. 

Sobre a literatura erótica feminina, espaço onde os preconceitos e os tabus da sociedade são maiores para Myrna, ela afirma que o mercado editorial publicou dois trabalhos dela e, desde 2016, faz lançamento na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. 

“Procurei informações de como era a seleção das editoras e acabei sendo aceita em seis delas, uma inclusive de Portugal. Optei por uma editora brasileira e, em 2016, fui convidada para fazer o lançamento do meu primeiro livro na Bienal de São Paulo”, diz Myrna. 

No segundo livro, dois anos depois, a pesquisadora da UFPB argumenta que optou por fazer o lançamento de forma independente e foi responsável por todas as etapas de elaboração, produção e divulgação da obra. 

“O lançamento foi feito na Bienal mais uma vez. Assim, pude ter experiência em relação à publicação de livros eróticos femininos no Brasil. Tanto de forma independente, quanto por editora”, destaca Myrna. 

O pesquisador Anderson Cândido ressalta que dialogará sobre ilustrações eróticas, um espaço em que considera uma “válvula de escape” para a criatividade e o humor a partir do lápis, papel e pincel. 

“É nesse momento que o desenho ganha um toque de fervor, humor e personificação. O produto final é a ‘Ilustração Erótica’. Abordarei a temática em questão na palestra e deixarei que os meus traços contem a sua história”, filosofa Anderson. 

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Reportagem: Jonas Lucas Vieira | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB