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Morte de idosos por câncer no sertão do NE pode subir se condições de vida não melhorarem

Doença é a segunda que mais atinge homens e mulheres na região
publicado: 16/07/2019 20h10, última modificação: 17/07/2019 15h34
Acesso à água é fundamental para boas condições de vida. Crédito: Cristiano Mariz (Exame)/Reprodução

Acesso à água é fundamental para boas condições de vida. Crédito: Cristiano Mariz (Exame)/Reprodução

O pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Modelos de Decisão e Saúde da UFPB João Batista Carvalho relacionou o aumento do número de mortes por câncer no sertão nordestino às condições de vida da população idosa da região. 

O panorama obtido pelo pesquisador mostrou que o câncer ocupa o segundo lugar no ranking de mortes de idosos no Nordeste, entre homens e mulheres. Os três que mais atingem essa população são o de próstata (entre os homens), o de mama (entre as mulheres) e o de pulmão, no geral.

Entre as condições de vida mais frequentes relacionadas pelo pesquisador, encontram-se a renda, o analfabetismo, o fato de ter água encanada ou não e idosos em situação de pobreza.

João Carvalho destaca, entre os cálculos da pesquisa, a correção realizada nos dados obtidos, visto que a região ainda sofre certa negligência no registro e na identificação das causas de óbitos.

No entanto, o pesquisador defende que é importante obter dados mais exatos. A projeção é a de que, em 2050, o número de homens idosos seja de 24,4% e o de mulheres idosas 30,1% da população nordestina.

"Com informações mais definidas sobre essas taxas de mortalidade, os gestores podem elaborar planejamentos de saúde pública que incluam o acompanhamento dessa população para a conscientização, para prevenção e descoberta de doenças, levando, assim, a tratamentos mais eficazes", defende.

Os dados foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS), de 2010 a 2015, sobre as 188 microrregiões que compõem os nove estados do Nordeste Brasileiro.

Bruna Ferreira | Ascom/UFPB