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Nível de medo e ansiedade de mulheres e gestantes à Covid-19 é moderado, diz estudo preliminar da UFPB

Até então, a média deste grupo social, na Escala de Medo da Covid-19, é de 21,68
publicado: 14/09/2020 19h01, última modificação: 14/09/2020 20h00
A pesquisa da UFPB busca compreender o efeito da pandemia do novo coronavírus sobre o bem-estar psíquico de mulheres e gestantes. Ainda é possível participar do estudo por meio de formulário on-line. Foto: Centro Alliance de Medicina

A pesquisa da UFPB busca compreender o efeito da pandemia do novo coronavírus sobre o bem-estar psíquico de mulheres e gestantes. Ainda é possível participar do estudo por meio de formulário on-line. Foto: Centro Alliance de Medicina

Um estudo realizado pelo Laboratório de Fisioterapia Perinatal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) busca avaliar o nível de medo e ansiedade de mulheres e gestantes com relação ao novo coronavírus.

De acordo com a professora do Departamento de Fisioterapia da UFPB e coordenadora da pesquisa, Thaís Josy Castro, o trabalho surgiu a partir da divulgação de estudos sobre a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, onde foi observado que, entre a população em geral, as mulheres apresentam maior nível de medo e ansiedade, embora não fosse possível identificar quem eram essas mulheres e quais características potencializam ou não esses sintomas.

“Sabemos que, quando a mulher está gestante, existem especificidades da gravidez que promovem uma maior predisposição ao adoecimento psíquico por alterações hormonais e/ou comportamentais devido ao ambiente em que ela está inserida. Além disso, a pandemia da Covid-19 pode se apresentar como um fator preditor ao quadro ansioso”, explica a professora.

Thaís Josy Castro destaca que a gestação é um período de várias modificações no corpo feminino, por isso também deve ser dada atenção aos eventos emocionais. “É importante ficar atento às alterações como medo/ansiedade, pois são condições que podem promover desfechos desfavoráveis durante a gestação e também após o seu término”, conta Thaís.

Até o momento, a pesquisa reúne voluntárias entre 20 e 56 anos. Segundo os resultados preliminares, a média da Escala de Medo da Covid-19 é de 21,68 pontos (mínimo de 7 e máximo de 35 pontos), o que representa um nível moderado de medo e ansiedade na população analisada.

“Existe presença de maior medo e ansiedade naquelas mulheres que possuem filhos, que não estão trabalhando e que convivem com outras pessoas que se encontram atualmente em isolamento”, relata a pesquisadora.

O trabalho científico está sendo realizado através de um questionário on-line, com participação anônima, de livre acesso e rápido preenchimento - tempo médio de três minutos. No formulário, há perguntas sociodemográficas para compreender o ambiente da voluntária, além de questões sobre a ansiedade e seus sintomas, e o medo em relação à Covid-19.

As interessadas em participar do estudo devem acessar este link e responder às questões no Google Forms. Os dados serão coletados durante os meses de setembro e outubro e analisados e publicados o mais breve possível.

“Esperamos compreender as diversas implicações clínicas na saúde da sociedade e o efeito da pandemia atual sobre o bem-estar psíquico dessas mulheres”, afirma a pesquisadora da UFPB

É possível acompanhar as ações do laboratório por meio de seu perfil no Instagram. Também trabalham na pesquisa as estudantes Monique Maria Silva e Nadine Cabral e as fisioterapeutas Silmara Santos e Milene Almeida.

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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB