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No Instagram, projeto da UFPB ensina oficinas lúdicas para crianças

Atividades potencializam processo de desenvolvimento e aprendizagem
publicado: 08/05/2020 19h50, última modificação: 08/05/2020 19h50
Iniciativa teve início em abril, com estudos teóricos, e seguirá até dezembro. Arte: André Valle com adaptação da Equipe Seres Brincantes

Iniciativa teve início em abril, com estudos teóricos, e seguirá até dezembro. Arte: André Valle com adaptação da Equipe Seres Brincantes

Projeto do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) oferece oficinas lúdicas para potencializar o processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, com brincadeiras, brinquedos e jogos. As ações e conteúdos são compartilhados por meio do perfil do projeto no Instagram.

Coordenado pela professora Blenda Medeiros, do Departamento de Fundamentação da Educação, o projeto conta com a participação dos discentes do curso de Pedagogia Luana Karla, Karolline Alves e Suyanne Araújo e tem o apoio do Programa de Bolsas de Extensão (Probex) 2020 da UFPB. As atividades tiveram início em abril e seguirão até dezembro.

A professora Blenda Medeiros explica que a iniciativa foi adaptada à realidade trazida pela pandemia do novo coronavírus, por meio da comunicação virtual. “Como nós estamos no período de isolamento social e de atividades não presenciais, as estudantes estão fazendo agora o estudo teórico e vão começar a divulgar produções e trabalhos que tenham caráter lúdico por meio do Instagram”.

Os conteúdos serão disponibilizados duas vezes por semana, entre eles cartilhas com atividades lúdicas como contação de histórias por meio da disponibilização de livros infantis que podem ser lidos em casa, jogos, atividades dinâmicas que estimulem desenvolvimento motor e a criatividade da criança, produção de brinquedos recicláveis, entre outros materiais.

A ação tem como base teórica a Psicologia Histórico-Cultural e a Sociologia da Infância, tendo em vista o reconhecimento da criança como um ser social, ativo em seu processo de desenvolvimento, e que se utiliza do brincar como uma atividade principal potencializadora de sua apropriação de mundo.

“É por meio da brincadeira que a criança toma consciência de diversos aspectos da cultura em que está inserida, desde a estrutura social aos papéis desempenhados nas relações sociais que observa ou vivencia”.

Para a coordenadora, diversificar as brincadeiras das crianças potencializa o seu desenvolvimento, pois passam por situações de novas aprendizagens. “A brincadeira é uma das atividades principais por meio das quais as crianças se desenvolvem. No brincar, a criança vai internalizando as vivências sociais dela”, comenta a professora.

A perspectiva da professora é desenvolver as atividades com crianças que frequentam a Brinquedoteca da UFPB, assim que forem retomadas as atividades presenciais.

Formação profissional

As pesquisadoras da equipe defendem, também, que aprofundar o estudo das características do brincar e suas potencialidades, em termos de atividade principal para o desenvolvimento, podem contribuir como uma importante ferramenta na formação profissional de licenciados das mais diversas áreas.

A ideia é que as estudantes desenvolvam conhecimentos fundamentais para futuras atuações profissionais, bem como sensibilidade e cuidado na realização de atividades com crianças. “Por meio das experiências de extensão, das ações que as estudantes vão desenvolver, elas vão ter a possibilidade de articular a fundamentação teórica com a ação prática, conseguindo dar mais sentido a alguns estudos e discussões que temos em sala de aula”, diz a professora Blenda.

A aluna do curso de Pedagogia Luana Karla, bolsista do projeto, conta que tem muita afinidade com a Psicologia, de forma que seu interesse pelo projeto foi motivado por ele apresentar base teórica na psicologia da educação, em torno do desenvolvimento e aprendizagem das crianças, além da prática formativa docente.

“Sinto-me muito realizada no projeto por contemplar os quesitos que procuro: formação teórica em áreas com as quais tenho afinidade, prática com as crianças e produção de conhecimento tanto para mim como para a sociedade”. 

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Reportagem: Aline Lins | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB