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Pandemia aumenta desemprego no país, diz estudo da UFPB

Por outro lado, auxílio-emergencial fez renda média dos brasileiros crescer
publicado: 02/12/2020 01h32, última modificação: 02/12/2020 01h32
Na Paraíba, a taxa de desemprego, no terceiro trimestre, foi de 16,8%, sendo mais alta que a do Brasil (14,6%) e próxima à da região Nordeste (17,9%). Na imagem, candidatos em busca emprego no Sine de João Pessoa. Foto: Autor desconhecido/Secom-JP

Na Paraíba, a taxa de desemprego, no terceiro trimestre, foi de 16,8%, sendo mais alta que a do Brasil (14,6%) e próxima à da região Nordeste (17,9%). Na imagem, candidatos em busca emprego no Sine de João Pessoa. Foto: Autor desconhecido/Secom-JP

Uma pesquisa do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional (Labimec) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revela os impactos da pandemia da covid-19 para o emprego no Brasil. Os resultados do terceiro trimestre deste ano apontam para o crescimento do desemprego, principalmente nos estados da região Nordeste.  

A taxa de desemprego no terceiro trimestre foi de 16,8% na Paraíba, contra 13,8% no primeiro trimestre e 12% no final de 2019, sendo mais alta que no Brasil (14,6%) e próxima à da região Nordeste (17,9%). Segundo o coordenador do Labimec, Cássio Besarria, esses trabalhadores sem emprego são provenientes principalmente do setor informal. 

No entanto, um número cada vez menor de pessoas está buscando o seguro-desemprego, o que pode ser um indicador de retomada da economia, de acordo com Besarria. Na série história da pandemia, o mês de maio foi o de maior quantidade de requerimentos desse seguro na Paraíba, com 10.515 pedidos. 

O pagamento do auxílio-emergencial pelo governo brasileiro, com um impacto positivo na renda média das famílias paraibanas, é uma possível justificativa para outro ponto do estudo da equipe de pesquisadores da UFPB, que também identificou um aumento no rendimento médio real no Brasil e no Nordeste. 

Na Paraíba, no mês de setembro, 56,7% dos domicílios receberam o auxílio, com um valor médio de R$ 927, acima da estatística nacional, em que 43,6% dos domicílios brasileiros foram contemplados com o auxílio, com valor médio de R$ 894. 

Já a análise relativa à participação no mercado de trabalho indica que, no segundo trimestre de 2020, o trabalho informal diminuiu de 65,5% para 60,4%, comparado ao mesmo período de 2019. 

De acordo com o pesquisador, esta diminuição ocorreu, possivelmente, porque esse trabalhadores informais tiveram que interromper suas atividades em virtude do distanciamento social. 

“É muito possível que a taxa de informalidade não tenha crescido tanto porque as pessoas deixaram de estar nas ruas e passaram a receber o auxílio-emergencial. Isso não quer dizer que o número de empregos esteja crescendo”, alerta. Mais informações sobre a pesquisa estão disponíveis no perfil do laboratório da UFPB no Instagram.

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Reportagem: Milena Dantas | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB