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Pesquisador da UFPB cria reator químico capaz de otimizar produção de etanol e açúcar

Inovação tecnológica identifica quantidade de sacarose na cana-de-açúcar em apenas 2 minutos
publicado: 17/07/2019 19h46, última modificação: 18/07/2019 14h33
Método é mais rápido, prático e sustentável. Crédito: André Valentim (Agência Petrobras)/Reprodução

Método é mais rápido, prático e sustentável. Crédito: André Valentim (Agência Petrobras)/Reprodução

O pesquisador do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Evandro Alves criou um reator químico capaz de otimizar a produção de etanol e de açúcar pela indústria sucroalcooleira. A patente já foi concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O módulo automatizado de análise identifica a quantidade de sacarose no caldo da cana-de açúcar em apenas dois minutos, com a utilização de somente dois microlitros de reagente químico durante todo o processo. Ou seja, é rápido, prático e ambientalmente sustentável.

Segundo o pesquisador, hoje, as análises químicas são manuais, feitas “no olho”, levam cerca de 1h30 para serem concluídas, necessitam de vários profissionais e consomem grande quantidade de reagentes.

“A dinâmica para verificar o teor de sacarose na cana-de-açúcar funciona, hoje em dia, da seguinte maneira: fornecedores vendem cana-de-açúcar para usineiros, para produção de etanol e de açúcar. O valor do produto é medido em sacarose. Quanto mais sacarose houver na cana, mais o usineiro pagará ao fornecedor”, explica Alves.

Portanto, de acordo com o pesquisador, toda vez que um fornecedor envia um caminhão repleto de cana-de-açúcar, o usineiro coleta o caldo da remessa e, em laboratório, quase sempre localizado na própria fábrica, faz exames manuais para identificar o teor de sacarose.

“Essas análises não automatizadas demandam muito tempo e consomem cerca de 100 ml de reagentes que poluem o meio ambiente, porque geralmente são descartados na pia do laboratório. O meu método usa apenas dois microlitros. É uma quantidade muito baixa. Além disso, só é necessário um laboratorista, porque o processo é programado por computador.”

Se a indústria sucroalcooleira se interessar pelo novo reator químico, a velocidade dessas análises laboratoriais aumentará vertiginosamente, otimizando a produção. “A depender da fábrica, chegam, ao mesmo tempo, muitos caminhões com cana-de-açúcar, para que o caldo seja verificado”.

Pedro Paz | Ascom/UFPB