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Pesquisador da UFPB cria sistema barato para pescador produzir microalga em casa

Produto pode servir de aditivo alimentar e revendido para indústrias
publicado: 12/08/2019 22h58, última modificação: 14/08/2019 10h49
Cooperativa de Pescadores do Jacaré testará a invenção. Crédito: Ocean Drop/Reprodução

Cooperativa de Pescadores do Jacaré testará a invenção. Crédito: Ocean Drop/Reprodução

O pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Marcos Aversari criou um sistema barato para pescadores produzirem microalgas em casa.

O método também é sustentável e de baixo custo e poderá ser implantando em comunidades pesqueiras, a fim de ser uma fonte alternativa de renda para pescadores.

O produto pode servir de aditivo alimentar no cultivo, por exemplo, de camarão e ostra ser revendido para indústrias de óleos, pigmentos, carboidratos especiais ácidograxocomo o ômega-3.

A atividade da pesca nem sempre é rentável. Muitos pescadores realizam extras para complementação de renda. Os grandes empresários já utilizam as microalgas em diferentes indústrias”, conta Aversari.

De acordo com o biólogo, o sistema necessita apenas de espaço para cavar o solo, revestimento e água do mar, item que afirma não ser um problema para quem vive nas regiões de pesca.

A nutrição das microalgas tem sido feita com composto orgânico cedido pela Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa). A implantação do sistema completo custa menos de R$500, um valor muito inferior aos utilizados por empresas.

As mulheres pescadoras, além de cuidar da casa, têm que caminhar longos trajetos para coletar marisco. O cultivo de microalgas é uma atividade que ela pode exercer na própria casa”, argumenta.

Contudo, para as famílias de baixa renda, o investimento ainda pode custar caro. Por esse motivo, ações sociais têm sido realizadas junto a pescadores de João Pessoa.

O pesquisador relata que o Governo do Estado da Paraíba cedeu terreno para que seja construída a Cooperativa de Pescadores do Jacaré, na praia homônima, em Cabedelo, na Região Metropolitana.Lá, a invenção será testada.

Estamos tentando levar o tanque para lá e trabalhar na comunidade desde a construção até as oficinas de manutenção do cultivo”.

Bruna Ferreira | Ascom/UFPB