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Pesquisadora da UFPB alerta para compras on-line por impulso na quarentena

Medo de contágio pelo novo coronavírus aumentou consumo pela internet
publicado: 09/06/2020 20h52, última modificação: 10/06/2020 18h07
Além de produtos básicos, assinatura de serviços de streaming como Netflix cresceu durante isolamento social. Maiores de 18 anos podem participar da pesquisa através de questionário on-line. Crédito: Reprodução/Mercado&Consumo/Autor Desconhecido

Além de produtos básicos, assinatura de serviços de streaming como Netflix cresceu durante isolamento social. Maiores de 18 anos podem participar da pesquisa através de questionário on-line. Crédito: Reprodução/Mercado&Consumo/Autor Desconhecido

Uma pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) investiga como as pessoas estão se comportando em relação às necessidades de consumo e compra no ambiente virtual, face às mudanças ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus.

De acordo com a pesquisadora Amanda Nunes, o problema de saúde decorrente da Covid-19 tem gerado medo nas pessoas e mudanças em seus hábitos, e o comportamento de compra é um deles.

“As pessoas querem evitar ao máximo a compra em lojas físicas. Dessa forma, a compra on-line tem se apresentado como melhor alternativa. Além disso, como as pessoas estão passando mais tempo em casa, estão consumindo mais, não só produtos necessários para sobrevivência, mas também serviços de streaming, como canais por assinatura, a exemplo de Netflix, Amazon, entre outros”, explica a mestranda em Psicologia Social da UFPB, que está conduzindo o trabalho.

O estudo pretende verificar como as necessidades de consumo têm se modificado, nesse caso, por meios alternativos de compra, tais como a internet. Segundo Amanda, o índice de compras em ambiente virtual tem se mostrado elevado desde o início da quarentena.

“Dentre outras questões, nós estamos interessados em analisar a atitude das pessoas em relação à compra on-line, verificar a intenção desse tipo de transação e averiguar o comportamento de compra por impulso”.

Com o isolamento social, o e-commerce tem aparecido como uma alternativa para abastecer a população. Conforme dados do Compre e Confie, empresa de inteligência de mercado focada no e-commerce, a alta das vendas foi de 40% nos primeiros 15 dias de março.

Um levantamento on-line divulgado, também em março, com mais de 1,7 mil entrevistados pela plataforma de inteligência e pesquisa NZN Intelligence, mostrou que 71% dos brasileiros pretendiam aumentar o volume de compras on-line.

Já a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) divulgou dados que revelam um aumento de 30% nas vendas pela internet durante as duas primeiras semanas de abril.

Os interessados em colaborar com a pesquisa devem responder a este formulário. O único critério exigido é ser maior de 18 anos. A pesquisa está em fase inicial de coleta de dados e já soma 147 respostas até esta segunda-feira (8). A meta é atingir pelo menos 200 voluntários. Além de Amanda Nunes, integram o projeto as pesquisadoras Tamyres Tomaz Paiva, Suiane Magalhães Tavares, Débora Cristina Nascimento de Lima, todas do Laboratório de Psicologia da Mídia (LPM) da UFPB.

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Reportagem: Aline Lins | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB