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Pesquisadora da UFPB avalia impactos do distanciamento social em instituições de ensino superior do Nordeste

Estudantes, servidores e terceirizados podem participar através de formulário on-line
publicado: 12/05/2020 17h09, última modificação: 12/05/2020 18h20
Resultados do estudo devem subsidiar políticas públicas de acolhimento e estratégias de enfrentamento e recomposição. Na imagem, o campus IV da UFPB, no Litoral Norte da Paraíba, onde Alessa Souza, uma das coordenadoras da pesquisa, atua. Foto: Glauco Machado

Resultados do estudo devem subsidiar políticas públicas de acolhimento e estratégias de enfrentamento e recomposição. Na imagem, o campus IV da UFPB, no Litoral Norte da Paraíba, onde Alessa Souza, uma das coordenadoras da pesquisa, atua. Foto: Glauco Machado

O distanciamento social provocado pela pandemia da Covid-19 impõe a modificação de rotinas e gera impactos na economia, no trabalho, nas relações sociais, nos hábitos culturais, nas condições emocionais, entre outros efeitos que ultrapassam as questões de saúde.

Para melhor compreender esse processo, uma pesquisa coordenada pela professora e socióloga da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Alessa Souza, em parceria com a docente da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) Anne Gabriele Carvalho propõe discutir esses impactos no cotidiano dos diferentes segmentos das comunidades universitárias da região Nordeste do Brasil.

A pesquisa é realizada por meio de formulário, a ser respondido por docentes, servidores técnicos, discentes e terceirizados de universidades e faculdades públicas e privadas. O tempo médio de resposta é de sete minutos. A participação é voluntária e anônima. O formulário está sendo divulgado entre as universidades dos nove estados do Nordeste. Até agora, já foram obtidas 1,5 mil respostas.

O formulário está dividido em três partes, que compreendem a caracterização do participante; a rotina, envolvendo desde as tarefas domésticas até a compreensão sobre o momento de pandemia, sua gravidade, protocolo de distanciamento social, medidas de proteção contra a doença Covid-19; e impactos do distanciamento social na vida econômica, nas emoções, nos hábitos pessoais, nas relações sociais, nas atividades de trabalho e acadêmicas e também na produtividade. 

A professora Alessa Souza, do Departamento de Ciências Sociais da UFPB, explica que, o estudo visa pensar como as comunidades universitárias podem se reorganizar durante e após o distanciamento social.

“As rotinas diárias e de trabalho foram completamente alteradas. Nós estamos tendo que conciliar muitas atividades. A jornada de trabalho por dia, mesmo em casa, tem se tornado muito mais intensa. A demanda por parte dos discentes tem se intensificado. Então, em meio a tudo isso, percebemos que a sociologia, a antropologia, as ciências Sociais também precisam dar uma resposta”.

A pesquisadora afirma que o cenário de distanciamento social tem provocado tensões entre os vários grupos que compõem a comunidade universitária. “Há insegurança, instabilidade, inúmeras incertezas e dificuldades que vão, desde a realização de atividades no modelo de EAD ou remotas, à continuidade do recebimento de auxílios, bolsas, financiamentos. Além disso, possibilidade da suspensão de contratos e outras questões, somadas às transformações que se apresentam em suas vidas pessoais”.

A professora entende que são necessárias políticas públicas que atendam às comunidades universitárias. “A compreensão desses impactos é relevante para subsidiar o desenvolvimento de ações e políticas para a comunidade universitária e as instituições, possibilitando melhores formas de acolhimento e estratégias de enfrentamento e recomposição desses indivíduos e instituições pós-pandemia”. As coordenadoras da pesquisa podem ser contatadas através dos e-mails alessa@ccae.ufpb.br e anne.carvalho@ufob.edu.br

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Reportagem: Aline Lins | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB