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Pesquisadores da UFPB criam cerveja de acerola

Mais ácida e encorpada, bebida é leve, refrescante e resistente à contaminação
publicado: 24/03/2020 17h55, última modificação: 24/03/2020 17h55
Fruta é economicamente importante para Paraíba e possui várias safras durante o ano. Patente da cerveja foi solicitada ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial  (INPI). Foto: Reprodução/GloboPlay

Fruta é economicamente importante para Paraíba e possui várias safras durante o ano. Patente da cerveja foi solicitada ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial  (INPI). Foto: Reprodução/GloboPlay

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveram patente de cerveja com adição de acerola e apontam que ela estimula melhorias sensoriais, além de ter maior resistência a contaminações por microrganismos em comparação às cervejas tradicionais. Os inventores são Lucas Miranda Fernandes, Sharline de Melo Santos, Kristerson de Luna Freire e Flávia de Oliveira Paulino, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFPB. 

De acordo com Lucas Miranda Fernandes, pesquisador responsável pelo projeto da dissertação no PPGEQ, que culminou no produto, a acerola dá características únicas à cerveja e diversifica sabores e aromas para o público consumidor. “A cerveja com acerola é leve, refrescante e fácil de beber. Mesmo sendo mais ácida e mais encorpada do que as cervejas tradicionais, foi aprovada por um público que não costuma tomar cerveja artesanal”. 

Para ele, o estudo buscou desenvolver uma tecnologia de produção de cerveja artesanal com acréscimo de acerola por ser uma fruta economicamente importante para o estado da Paraíba. “Ela possui várias safras durante o ano, viabilizando o uso industrial como adjunto cervejeiro”. 

No experimento da patente, durante a fervura, adicionou-se uma quantidade entre 30 a 200 gramas para cada litro de cerveja. “A adição de acerola contribuiu com a cerveja sensorialmente, acrescentando acidez e dulçor residual, e físico-quimicamente, modificando a cor, reduzindo levemente o teor alcoólico e diminuindo o pH, o que tornou a cerveja microbiologicamente mais resistente”, enfatiza o estudo. A patente da cerveja foi solicitada ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial  (INPI).

Segundo a professora e pesquisadora do PPGEQ da UFPB, Sharline de Melo Santos, a ideia central da patente é produzir uma cerveja com fruta regional, a fim de estimular a produção no Estado. “O consumidor busca qualidade, variedade, sabores e aromas no mercado de cervejas. A produção de cervejas artesanais está em crescimento na Paraíba. Assim, valorizamos o potencial da fruta e estimulamos uma opção a mais de cerveja artesanal”, destaca.

 Ascom/UFPB