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Pesquisadores da UFPB criam microcomputador que funciona através de energias limpas

Máquina tem baixo custo e foi feita a partir de “lixo” da indústria de informática
publicado: 16/07/2020 23h57, última modificação: 17/07/2020 00h45
O computador de pequeno porte tem acesso à internet e roda programas de edição de texto, planilhas e apresentações. Foto: Manoel Victor Vidal

O computador de pequeno porte tem acesso à internet e roda programas de edição de texto, planilhas e apresentações. Foto: Manoel Victor Vidal

Pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveram um microcomputador que funciona por meio de fontes de energia híbrida (solar e eólica) e renováveis (limpas), a partir da captação de placas fotovoltaicas e de gerador eólico.

A máquina tem baixo custo e foi confeccionada a partir de materiais recicláveis da indústria da informática. O computador de pequeno porte tem acesso à internet e roda programas de edição de texto, planilhas e apresentações, de caráter mais educativo e pedagógico.

O aparelho também pode ser utilizado para o gerenciamento de estações climatológicas, monitoramento por câmeras de segurança, armazenamento de acervos digitais de livros e conteúdos acadêmicos para bibliotecas públicas.

Do mesmo modo, comunidades carentes ou quilombolas, indígenas e demais aglomerações sociais distantes dos grandes centros urbanos poderão usá-lo para bombeamento de água e atividades agrícolas programadas por sistema virtual.

A instalação dos equipamentos para captação das energias eólica e solar, a fim de transformá-las em energia elétrica, é necessária para utilização do aparelho. Um projeto básico custa entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. O proposto pelos pesquisadores da UFPB,  R$ 3 mil.

De acordo com Manoel Victor Vidal, pesquisador responsável pela criação do microcomputador, esse investimento é suficiente para fazer com que apenas o protótipo funcione. Para utilização da energia gerada por mais aparelhos domésticos, por exemplo, a aplicação deve ser maior, considerando a demanda energética dos ambientes da residência.

A pesquisa foi realizada durante o mestrado de Manoel Victor, nos anos de 2018 e 2019. O desenvolvimento do trabalho teve a orientação do professor Raimundo Menezes Júnior. Também participaram do estudo os pesquisadores Edvanil Albuquerque, Gian Carlos e Nickson Eduardo. Os docentes Bruno César, Edson Ramos e Charlie Salvador colaboraram.

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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB