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Pesquisadores da UFPB criam painéis interativos para análises geográficas e climáticas da Paraíba

publicado: 31/08/2021 13h23, última modificação: 31/08/2021 13h25
Dashboards podem auxiliar tomadas de decisões e geração de energia renovável

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Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveram painéis interativos para análises geográficas e climáticas da Paraíba. Os dashboards, como são conhecidos esses painéis interativos na linguagem de informática, possibilitam caracterizações, previsões e insights para tomadas de decisões.

A criação de dashboards podem ser importantes, por exemplo, para impulsionar a exploração inteligente de setores em potencial na Paraíba, como a geração de energia por meio de fontes renováveis, como a solar fotovoltaica e a eólica.

Esses painéis interativos foram desenvolvidos no âmbito do projeto Plataforma Multi-Mapa PB, que conta com 11 participantes, nove estudantes de graduação e dois professores. Os docentes são do Departamento de Engenharia Elétrica e do Departamento de Engenharia de Energias Renováveis do Centro de Energias Alternativas e Renováveis da UFPB, respectivamente Helon Braz e Flavio Gomes.

A iniciativa tem o objetivo de possibilitar que usuários sem conhecimento profundo em programação criem dashboards de vários tipos, incluindo texto, imagem, listas suspensas, mapas georreferenciados, gráficos e tabelas para visualização de dados.

Artigo publicado na nona edição do periódico da UFPB Comunicações em informática detalha como se deu a concepção dos dashboards. O primeiro, disponível neste hiperlink, foi desenvolvido a partir de uma base de dados com informações de temperatura obtidas por meio de sistema da agência espacial norte-americana National Aeronautics and Space Administration (Nasa), compreendendo o intervalo de tempo de 1983 até 2018.

No painel interativo, há informações como precipitações média e acumulada; umidade a dois metros, específica e relativa; pressão na superfície, em kPa; temperaturas a dois metros, em °C (mínima, máxima e média); velocidades do vento a dez metros e 50 metros, em m/s (mínima, máxima e média).

Na figura acima, é possível verificar a temperatura média histórica de cada município paraibano, considerando uma distância de dois metros do solo. Nela, é possível perceber que a Borborema é a mesorregião em média mais fria, enquanto o sertão paraibano a mais quente.

O segundo dashboard foi criado com informações georreferenciadas a partir de dados obtidos da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Eles dispõem sobre a posição de aerogeradores, geração distribuída, usinas fotovoltaicas e a posição e geometria de açudes da Paraíba. O dashboard estará disponível na internet em breve.

Conforme o artigo dos pesquisadores da UFPB, tecnicamente, os dois dashboards foram criados para validar e apresentar o pacote nomeado de json2dash, idealizado com o propósito de eliminar parcialmente a necessidade de utilizar programação para o desenvolvimento de aplicações web, uma vez que o usuário envia informações por meio de um arquivo de texto no formato JSON (Java Script Object Notation).

As informações fornecidas como entrada são convertidas de forma automática, em uma aplicação que pode ser publicada na internet. Assim como essa biblioteca, existem outras ferramentas que facilitam a criação de dashboards para visualização de dados. As mais conhecidas são Google Data Studio, Grafana, Voila e Panel.

Segundo Miguel Marques Ferreira, um dos desenvolvedores dos dashboards, é possível acessar a Plataforma Multi-Mapa PB por meio deste hiperlink: multimapa-dev.herokuapp.com/. Ela ainda se encontra em fase de desenvolvimento. Já os arquivos da biblioteca json2dash estão armazenados em um repositório privado na plataforma GitHub, para desenvolvimento contínuo.

Por enquanto os códigos desenvolvidos com a linguagem de programação Python só podem ser acessados pelos integrantes do projeto Plataforma Multi-Mapa PB.

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Reportagem: Pedro Paz
Edição: Aline Lins
Imagem: Comunicações em Informática v.5, n.1, jun2021