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Pesquisadores da UFPB criam software de reconhecimento facial a longa distância

publicado: 26/08/2021 18h06, última modificação: 27/08/2021 00h37
Tecnologia aplica técnicas de captura de imagens sem necessidade de fios ou internet
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto Ilustrativa: Fernando Frazão/Agência Brasil

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR), criaram um software que permite a captura de imagens de rostos e sua transmissão sem fio a longas distâncias, até um receptor integrado a um banco de dados. O projeto foi desenvolvido pelo mestrando em Engenharia Elétrica Vitor Rodrigues, sob a orientação do professor Fabrício Braga de Carvalho.

A partir do recebimento da imagem de um rosto, o software permite detectar se a pessoa identificada está registrada no banco de dados e se ela teria acesso ou não a determinado ambiente. A inovação consiste em possibilitar a transmissão de imagens a longas distâncias e sem fio, por meio de dispositivos baseados na tecnologia LoRa (abreviação da expressão em inglês Long Range, ou “grande alcance”, em português), que é patenteada na Europa.

“O objetivo é o reconhecimento facial de rostos que estejam registrados previamente em um banco de dados, permitindo que uma câmera que esteja posicionada a longas distâncias - mas dentro do alcance dos transmissores LoRa - consiga enviar as imagens relativas a uma pessoa e identificar, por meio dos dados gravados no receptor, se aquela pessoa teria acesso ao local ao qual deseja ingressar”, detalhou o orientador do projeto, Prof. Fabrício Carvalho, sobre o funcionamento do sistema.

 

O software tem sido aperfeiçoado para permitir sua aplicação no monitoramento e identificação de pessoas no campus I da UFPB, em João Pessoa. Sobre os benefícios que a tecnologia pode trazer, o professor destacou a garantia da transmissão das imagens capturadas sem a necessidade de internet e as diferentes áreas em que a inovação pode ser aplicada.

“A partir da ideia original e de melhoramentos, é possível pensarmos em utilizações voltadas a diferentes organizações e empresas que trabalhem com reconhecimento e identificação facial, como segurança patrimonial, segurança pública, dentre outras possibilidades”, comentou o Prof. Fabrício Carvalho.

Em colaboração com o Grupo de Pesquisa em Comunicações e Processamento de Sinais (GCOMPS), o estudo é resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Engenharia Elétrica da UFPB e, desde 2020, vem sendo aperfeiçoado, agora por meio de uma Dissertação de Mestrado em andamento no PPGEE, com previsão de defesa em 2022.

O pesquisador afirmou que a expectativa é de que, em breve, o produto possa ser apresentado a parceiros interessados em contribuir com a implementação de soluções viáveis e a aplicação direta do conceito que foi concebido pelos pesquisadores. “Esperamos que o software progrida para um produto ou uma patente, oferecendo uma solução completa de monitoramento com potencial de utilização em diferentes aspectos de segurança”, disse o docente.

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Reportagem: Mariani Idalino/Aline Lins
Edição: Aline Lins
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil