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Pesquisadores da UFPB aumentam produtividade do plantio da cana-de-açúcar em até 75%

Uso de calcário e genótipos adaptados produziram 80 toneladas por hectare
publicado: 02/05/2019 17h52, última modificação: 02/05/2019 21h19
Resultados definitivos serão divulgados em cinco anos. Créditos: Divulgação

Resultados definitivos serão divulgados em cinco anos. Créditos: Divulgação

Pesquisadores do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) conseguiram aumentar a produtividade do plantio da cana-de-açúcar em até 75%, a partir do manejo nutricional e da adaptação de genótipos da planta. Esse é o primeiro resultado de pesquisas coordenadas pelo Grupo de Estudo Sucroenergético (Gesucro) da UFPB, na Fazenda Experimental Chã de Jardim, no campus II, em Areia.

Segundo Fabio Mielezrski, do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais do CCA, a correção do solo com calcário aumentou o número de toneladas de cana por hectare (TCH) da cana-planta, como é chamada a cana de primeira colheita. A maioria dos genótipos estudados apresentou aumento, alguns chegando até 50% de acréscimo.

“O resultado é promissor, considerando que a média produtiva na Paraíba é de 45,771 toneladas de cana por hectare (TCH), segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Alguns genótipos da pesquisa apresentaram produtividade média de 80 toneladas por hectare”, conta o pesquisador.

A pesquisa estuda também o manejo da população de plantas por hectare em plantio convencional, comparando a produtividade de baixas e de altas densidades de gemas, que no primeiro ano de cultivo apresentaram resultados semelhantes.

Mielezrski explica ainda que a pesquisa foi realizado sob o método de colheita manual e o resultado pode ser diferente na colheita mecanizada. Além disso, as condições do solo e do clima no Brejo Paraibano são diferentes de outras regiões da Paraíba.

O tempo de estudo para resultados definitivos é de cinco anos, para que seja mais bem avaliado o comportamento da cana-soca, como é chamada a cana de segundo corte. Produtores e pesquisadores interessados nas pesquisas devem entrar em contato com Bruno Rosendo, presidente do grupo de estudo, através do e-mail bruno_resondo500@hotmail.com.

 Bruna Ferreira | Ascom/UFPB