Você está aqui: Página Inicial > Contents > Notícias > Pesquisadores da UFPB identificam cáries com recurso de inteligência artificial
conteúdo

Notícias

Pesquisadores da UFPB identificam cáries com recurso de inteligência artificial

Sistema de análise por imagens é moderno, prático, rápido, eficaz e de baixo custo
publicado: 11/08/2020 22h00, última modificação: 11/08/2020 22h02
Os pesquisadores da UFPB conseguiram fazer com que um microcomputador aprendesse, por machine learning (aprendizagem automática), a reconhecer o padrão da cárie dentária. Foto: Labial/UFPB

Os pesquisadores da UFPB conseguiram fazer com que um microcomputador aprendesse, por machine learning (aprendizagem automática), a reconhecer o padrão da cárie dentária. Foto: Labial/UFPB

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram um sistema moderno, prático, rápido, eficaz e de baixo custo para detecção de cáries,  com recurso de inteligência artificial.

Através da análise de imagens, os pesquisadores da UFPB conseguiram fazer com que um microcomputador aprendesse, por machine learning (aprendizagem automática), a reconhecer o padrão da cárie dentária.

Davi Carneiro é mestrando do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPB e participa do projeto, coordenado pelos pesquisadores Fábio Sampaio e Raimundo de Menezes Junior.

Ele explica que um SBC (Single Board Computer) faz a análise de fotografias com fluorescência, através de um instrumento já validado para receber o aprendizado de detecção de diversas situações de cárie dentária.

A partir disso, cada imagem analisada torna o sistema mais eficaz na sua função. Futuramente, será possível realizar fotografias, com luz adequada, diretamente do dispositivo, tornando-o autossuficiente.

A tecnologia está sendo desenvolvida no Núcleo de Inteligência Artificial do Laboratório de Biologia Bucal (Labial) da UFPB, localizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus I, em João Pessoa.

“A captação de fotografias para aprendizado já está sendo realizada em modelo sintéticos, em simulação de variações de cor na estrutura dentária. Após esta etapa, elementos dentários bovinos serão utilizados e, sucessivamente, o protótipo será testado in vivo”, adianta Davi Carneiro.

Segundo o mestrando, inicialmente, o sistema será testado nas dependências da UFPB, podendo ser aberto para escolas e demais clínicas de atendimento odontológicos parceiras da universidade. Os critérios e instruções de participação serão divulgados amplamente.

“O diagnóstico correto de cárie dentária requer o maior número possível de instrumentos que possam comprovar que o tecido não se encontra sadio e/ou pode ocasionar lesões ao paciente caso não tratado”.

De acordo com Davi Carneiro , a detecção por fotografia já existe, porém se encontra longe do acesso da maior parte dos dentistas pelo seu enorme custo e difícil compreensão de uso. “Nossa intenção é popularizar e tornar prático mais um instrumento que possa auxiliar os profissionais de saúde na tomada de decisão correta diante da doença cárie”.

Com a aprovação final do protótipo, espera-se que todos os dentistas possam utilizar o instrumento para tornar mais adequadas as decisões de remoção de cárie em sua prática profissional.

A pesquisa hoje passa por upgrades que tornam o protótipo mais rápido em suas operações, além de receber mais fotos para aumentar seu grau de eficácia. Mais detalhes sobre a pesquisa devem ser consultados pelos e-mails ​fcsampa@gmail.com​ e  ​jrmenezes@cear.ufpb.br.

* * *
Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB