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Pesquisadores da UFPB usam borra de café para remover metais de efluentes

Método poderá se tornar mais uma patente produzida pela federal paraibana
publicado: 19/11/2020 02h03, última modificação: 19/11/2020 02h06
A borra do café é um resíduo da indústria cafeeira capaz de despoluir rejeitos industriais e das redes de esgoto. Crédito: Autor desconhecido

A borra do café é um resíduo da indústria cafeeira capaz de despoluir rejeitos industriais e das redes de esgoto. Crédito: Autor desconhecido

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram um processo para retirar metais de efluentes. Para isso, é utilizado um resíduo da indústria cafeeira, a borra de café, como material para adsorver rejeitos provenientes das atividades humanas que são lançados no meio ambiente, como os industriais e das redes de esgoto.

De acordo com a professora Andréa Ferreira, do Departamento de Engenharia Química da UFPB e responsável pela inovação, existem, no mercado, muitos materiais que fazem essa despoluição, mas todos são caríssimos. “Não sabemos como e com qual substâncias são fabricados”, conta a docente.

Segundo Andréa Ferreira, o desenvolvimento da técnica começou com uma conversa depois de uma aula. “Os alunos sempre me acompanham para tirar dúvidas ou ver uma prova. Então, durante nossas interações, vieram possibilidades de se eliminar resíduos de nossas águas que estão tão castigadas”.

Os testes foram realizados em diferentes laboratórios da UFPB. “Saíamos pedindo a um e a outro coordenador de laboratório e eles aprovavam os testes. Os resultados foram publicados através de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de estudantes colaboradores. Logo depois, o método foi moldado para se tornar uma patente”.

Andréa Ferreira revela que a técnica foi criada por causa da insatisfação de se deparar com notícias de que as águas estão cada vez mais poluídas. “’A gente quis fazer algo bom pelo ambiente e, em consequência, positivo para os seres humanos”.

Os próximos passos da pesquisa serão conseguir testar o processo para adsorção de mais uma gama de metais e finalizar os experimentos de destino da borra do café. O estudo foi financiado com recursos da federal paraibana. Colaboraram os estudantes Andrea, Daniel, Giovanilton e Tatiana, de Engenharia Química da UFPB.

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Reportagem: Pedro Paz

Ascom/UFPB