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Pesquisadores da UFPB verificam se fototerapia alivia dor no trapézio

Avaliação termográfica cutânea e escala analógica da dor estão sendo testadas
publicado: 12/12/2019 20h52, última modificação: 12/12/2019 21h04
Técnicas são aferidas em voluntários, no Laboratório de Termografia, no campus I, em João Pessoa. Crédito: Seja integral/Reprodução

Técnicas são aferidas em voluntários, no Laboratório de Termografia, no campus I, em João Pessoa. Crédito: Seja integral/Reprodução

Alunos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) estão analisando recursos fototerápicos para tratar dores na região do trapézio, músculo de configuração triangular, na região posterior do tronco e do pescoço.

A pesquisa é coordenada pela doutora Palloma Rodrigues e está sendo realizada no Laboratório de Termografia, situado no Centro de Ciências da Saúde da UFPB, no campus I, em João Pessoa.

A investigação científica poderá ajudar o fisioterapeuta a escolher o melhor recurso na prática clínica, assim, diminuindo o uso de medicamentos analgésicos. O estudo teve início em agosto deste ano e está previsto para ser concluído até o segundo semestre de 2020.

Na prática, serão comparados dois recursos de fototerapia no tratamento da dor, utilizando a avaliação termográfica cutânea e a escala analógica da dor (EVA). A escala visual analógica consiste em uma escala linear, onde o voluntário pontua sua dor de acordo com as cores e os números dispostos na escala.

Variando da cor azul, que significa ausência de dor e é quantificada com o número 0, até a cor vermelha, que se refere à dor mais intensa que o indivíduo já sentiu e corresponde ao número 10.

Já a termografia é um exame de imagem realizado por uma câmera especial, que possui sensores de infravermelho, sendo capaz de detectar a emissão infravermelha do corpo e a transformar em temperatura.

Assemelha-se a uma fotografia. É realizada em um laboratório especial, climatizado, onde a temperatura é mantida em mais ou menos 22° graus, sem corrente de ar diretamente em cima do voluntário. Antes da realização do exame, o indivíduo é aclimatado por 15 minutos (ou seja, a sua pele entra em equilíbrio térmico com a temperatura da sala) e segue uma série de orientações para que não ocorram interferências na realização do exame.

“Visamos compreender qual o recurso fisioterapêutico é mais eficaz a curto prazo no tratamento da dor subaguda e crônica de origem muscular em jovens”, conta Thainá Portugal, umas das pesquisadoras envolvidas.

Segundo Portugal, o tratamento consiste em um ensaio clínico, duplo cego, transversal, onde o método que o voluntário irá receber não é informado ao responsável pela avaliação e nem ao designado pela parte estatística. Um programa de computador define em qual grupo o voluntário ficará, garantindo que toda a avaliação e análise dos dados sejam feita do modo mais imparcial possível.

Os grupos de tratamento em questão são: laserterapia, infravermelho ou placebo, neste último caso o paciente também não sabe que está de fato recebendo o tratamento.

“Há uma reavaliação logo após a intervenção, outra dez minutos após, outra 20 minutos após e uma 48 horas após a intervenção. No final desta última, todos os voluntários recebem uma massagem e também uma cartilha ensinando alongamentos que podem realizar em casa para evitar e aliviar futuras dores nesta região”, conta a aluna.

Para ser voluntário da pesquisa, é necessário possuir vínculo acadêmico, ter entre 18 e 28 anos, sofrer dores na região do trapézio e comparecer ao laboratório.

Carlos Germano | Ascom/UFPB