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Pesquisadores do CCEN apresentam ao Reitor da UFPB foguete feito de garrafas PET, impressora 3D e braço mecânico

publicado: 24/11/2021 17h44, última modificação: 24/11/2021 17h44
Projetos são alguns dos inventos produzidos no Departamento de Física da Universidade

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O Reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Professor Valdiney Gouveia, visitou nesta quarta-feira (24), o Departamento de Física (DFIS) do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), com a finalidade de conhecer alguns dos principais laboratórios de Física e as pesquisas e produtos desenvolvidos por professores, técnicos e estudantes do curso, como uma impressora 3D totalmente produzida e financiada pela Universidade, uma versão ampliada do Merge Cube, utilizado para produção de realidade aumentada, uma mão mecânica e um foguete feito com garrafas PET.

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Recebido pelo Diretor do CCEN, o Prof. José Roberto Soares do Nascimento, o Chefe do Departamento de Física, o Prof. Charlie Salvador Gonçalves, e também por professores e técnicos do DFIS, o Prof. Valdiney Gouveia teve a oportunidade de conhecer alguns dos projetos que estão sendo realizados pelos pesquisadores. Foram visitados os laboratórios de Física Moderna, Instrumentação Científica, Física Aplicada, Magnetom, Espectrometria Ótica, Física Atômica e Lasers, Física Experimental I, Física Experimental II e o Laboratório de Física Ótica não Linear.

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No Laboratório de Física Aplicada, foi construída uma impressora 3D totalmente produzida pelos técnicos do laboratório. Ela é utilizada para a criação de diversos produtos idealizados pelos estudantes. Atualmente, os pesquisadores estão elaborando um projeto que utiliza garrafas PET recicladas para a produção da fibra utilizada na impressora 3D. O material é triturado, transformado em pó e levado para uma máquina, em que passa pelo processo de moagem, é produzindo um fio aquecido que é utilizado para imprimir os objetos na impressora. Hoje, o material utilizado é comprado com recursos próprios e essa nova técnica barateará os custos, além de ser ecologicamente sustentável.

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O Reitor Valdiney Gouveia ressaltou o potencial do CCEN. “O Professor José Roberto tem feito um trabalho de integração e de melhorias no CCEN e nós fomos ver o potencial que o CCEN tem demonstrado ao longo do tempo e as demandas que ali existem e de fato percebemos um espaço muito criativo”, destacou o Reitor.

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Foguete

Outro projeto que merece destaque é fruto da pesquisa de doutorado de Renan Aversari. O pesquisador desenvolveu um foguete utilizando garrafas PET que tem como função disseminar sementes de reflorestamento. O foguete é lançado de uma base construída no próprio laboratório, atinge uma altura elevada de onde é libera uma cápsula, jogando as sementes na área desmatada. O processo é feito de forma bem mais rápida do que manualmente. O invento já foi testado e a pesquisa está em fase de conclusão.

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Também foi desenvolvida uma mão mecânica pelo laboratório PET LAB. A tecnologia está sendo aperfeiçoada pelos alunos pesquisadores.

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Os laboratórios abrigam ainda dois telescópios, sendo um deles considerado um dos maiores do Estado. DFIS está ainda com um projeto junto à Prefeitura de Pedras de Fogo para a instalação do primeiro observatório da Paraíba na cidade, prevista para março de 2022. A escolha da cidade se deve ao fato de que é possível ter um melhor aproveitamento da visão do céu do que se fosse instalado na capital paraibana.

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O Prof. Charles Salvador Gonçalves, Chefe do Departamento de Física, falou da importância que esses laboratórios representam para a pesquisa na Universidade. Ele, que também é responsável pelo Laboratório de Magnetom, explicou que o laboratório é responsável pelo desenvolvimento e análise de materiais magnéticos para o desenvolvimento de sensores eletrônicos e para a aplicação em aparelhos médicos.

O Prof. Valdiney Gouveia disse que o CCEN e o Departamento de Física crescem e contribuem com a UFPB e com a sociedade em geral. “E estivemos pensando, inclusive, em como incorporar as instituições de Ensino Médio e Fundamental, para que conheçam esse potencial, que tomem gosto pela ciência, sobretudo uma ciência mãe como é a física”, comentou o Reitor.

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Reportagem: Glaucy Grangeiro e Ícaro Maia
Edição: Aline Lins
Fotos: Oriel Farias e Ícaro Maia