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Pós-graduação da UFPB é bem avaliada por comunidade universitária

Infraestrutura, ensino e pesquisas são aprovados por professores, estudantes e técnicos
publicado: 29/07/2020 23h36, última modificação: 29/07/2020 23h36
Cortes de bolsas representaram quase 64% das reclamações dos pesquisadores. Mais de 9% dos alunos apresentaram motivos socioeconômicos para desistência. Foto: Angélica Gouveia

Cortes de bolsas representaram quase 64% das reclamações dos pesquisadores. Mais de 9% dos alunos apresentaram motivos socioeconômicos para desistência. Foto: Angélica Gouveia

Professores, estudantes e técnicos-administrativos dos 81 Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) afirmaram aprovar a infraestrutura, as pesquisas e o ensino dos cursos de especialização, mestrado e doutorado da instituição. 

Em autoavaliação realizada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da UFPB, mais de dois mil profissionais e pesquisadores destacaram o desenvolvimento das atividades de pesquisa, internacionalização e ensino na instituição. 

“Percebeu-se uma autoavaliação positiva por parte de discentes, docentes e técnicos-administrativos. Por exemplo, 70% avaliaram como "alto ou muito alto" a utilização, aplicação equitativa e transparência na aplicação dos recursos do Programa de Apoio à Pós-Graduação”, afirma a coordenadora de avaliação da pós-graduação da UFPB, professora Márcia Fonseca. 

De acordo com a gestora, os questionários autoavaliativos foram aplicados em março e abril deste ano. Neles, constavam perguntas sobre infraestrutura, pesquisa, gestão administrativa e avaliação de professores e alunos. Também havia dados sobre internacionalização, estímulos e motivação, acessibilidade e suportes tecnológicos. 

“Pelas questões apresentadas, ainda há muito que se fazer. Os resultados têm como expectativa a tomada de decisão. No sentido de implementar rotinas de autoavaliação e do planejamento estratégico na pós-graduação da UFPB”, diz Fonseca. 

Segundo os dados da autoavaliação, a maior preocupação dos alunos de pós-graduação da UFPB é a falta de apoio financeiro para a realização de pesquisas. 

Os cortes de bolsas de estudo, pelas agências brasileiras de fomento à pesquisa, representaram quase 64% das reclamações dos estudantes. Mais de 9% deles apresentaram motivos socioeconômicos para a desistência dos cursos de pós-graduação. 

“Os docentes também apontaram a falta de apoio às pesquisas como principal motivo para desestimulo de continuar na pós-graduação. Quase 10% disseram não estar cadastrados em grupos de pesquisa e apenas 3% afirmaram integrar pesquisas em agências de fomento internacional”, lamenta a professora Márcia. 

A gestora da UFPB acredita que, mesmo com as dificuldades, os professores da pós-graduação se mostraram satisfeitos com o corpo discente e as pesquisas realizadas nos cursos de especialização, mestrado e doutorado da instituição. 

“Aproximadamente 76% dos docentes avaliaram como "alto ou muito alto" o grau de satisfação com a articulação, aderência e atualização das áreas de concentração e as linhas de pesquisa dos programas. Mais de 66% acreditaram haver motivação nos alunos e, entre 40% e 55% dos estudantes, disseram estar motivados para produzir publicações conjuntas nos programas de pós-graduação da UFPB”, conta Fonseca. 

No que diz respeito aos servidores técnicos-administrativos que atuam nos 81 programas de pós-graduação da UFPB, a autoavaliação revelou que quase 50% se veem motivados com o trabalho e 56% acreditam ter qualidade na prestação dos serviços oferecidos. 

A iniciativa de autoavaliação institucional faz parte das mudanças de regras da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que começaram a ser implantadas em 2018. 

“A Capes mudou as regras de avaliação e ampliou a participação dentro dos quesitos analisados, como na autoavaliação. O processo na UFPB foi conduzido a partir da criação do instrumento autoavaliativo, elaborado por representantes de diversos setores da instituição”, explica a professora Márcia. 

Para a gestora, espera-se que cada programa de pós-graduação da UFPB desenvolva um processo próprio de autoavaliação. O objetivo é apresentar aspectos que “reflitam a sua missão e seus objetivos, o impacto social e a relevância em termos locais e internacionais”. 

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Reportagem: Jonas Lucas Vieira | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB