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Primeira mulher motorista do quadro terceirizado da UFPB assume direção de ônibus circular

publicado: 27/04/2022 18h02, última modificação: 28/04/2022 11h19
Nova terceirizada da UFPB assumiu o posto nesta segunda-feira (25)

Maria Adriana Vicente se tornou, nesta segunda-feira (25), a primeira mulher motorista da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ela assumiu a direção do ônibus circular, serviço inaugurado pela UFPB no final do mês de março, que realiza seu percurso no Campus I atendendo à comunidade acadêmica.

A contratação de uma mulher motorista foi sugestão do Reitor, Prof. Valdiney Gouveia, em parceria com a Superintendência de Logística e Transportes (Sult) da Instituição, visando a criação de espaços mais inclusivos e representativos de diferentes grupos de pessoas dentro da UFPB. 

“Abre-se oportunidade para um serviço de qualidade que visa a oferecer transporte interno na UFPB para toda a comunidade. A sugestão de uma mulher para a função tem o potencial de espelhar possibilidades diversas de inserção e empoderamento das mulheres, que têm sido centrais na gestão, incluindo representantes no Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba (Idep), na Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), na Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova), na Pró-reitoria de Graduação (PRG), na Pró-reitoria de Extensão (Proex) e na Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), por exemplo”, disse o Reitor.

Segundo o superintendente da Sult,  Fagner Santos, uma motorista mulher é uma representante feminina em um espaço que é masculinizado na sociedade. “É sobre mulheres representando mulheres, o que possui uma força grande. Com isso, vamos abrir mais portas”, explicou.

A nova servidora da UFPB trabalha como motorista há cinco anos, tempo em que foi funcionária de uma empresa de transporte coletivo de João Pessoa. Adriana agradeceu a recepção dos colegas de trabalho e a oportunidade oferecida pela UFPB. Ela também falou sobre os preconceitos enfrentados trabalhando na função de motorista.

“É um meio dominado por homens. Mas como eu já venho de outro trabalho nesse meio, já tenho experiência. Tenho confiança no trabalho que eu faço. Já enfrentei preconceito de homens que pensam que as mulheres não são capazes de exercer a mesma função que eles. Muitos têm a noção de que só eles podem dominar uma máquina de grande porte. Mas nós, mulheres, também somos capazes”, afirmou a motorista.

Para Adriana, mulheres motoristas levam uma sensação de segurança e conforto para outras mulheres, além de transmitir uma mensagem de empoderamento. Os usuários têm recebido a novidade com manifestações de apoio, acenando para a profissional. “Se uma pode, as outras também. Só basta querer. Minha expectativa é que tudo dê certo, que as pessoas aceitem bem e que eu possa realizar meu serviço da melhor forma possível”, disse Maria Adriana.

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Reportagem: Mariani Idalino
Edição: Aline Lins
Fotos: Mariani Idalino