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Projeto da UFPB ensina alunos da rede pública a criar aplicativo

Softwares para alfabetização e impulsionar turismo já foram produzidos
publicado: 27/11/2019 19h30, última modificação: 28/11/2019 19h33
Programas tentam solucionar problemas de comunidades em Rio Tinto e Mamanguape. Crédito: Divulgação

Programas tentam solucionar problemas de comunidades em Rio Tinto e Mamanguape. Crédito: Divulgação

Estimular o processo de alfabetização e incentivar o turismo local é uns dos objetivos do projeto de extensão Apps 4Society, realizado por professores e alunos do campus IV da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Rio Tinto e Mamanguape.

O projeto, coordenado pela professora Ayla Debora, desenvolve aplicativos para apoiar a sociedade, discutindo tanto questões técnicas quanto problemas sociais que podem ser resolvidos através da tecnologia.

Neste ano, foram criados aplicativos de alfabetização, destinados a várias escolas do Litoral Norte. A ideia é tentar atingir pessoas que estão no processo de alfabetização, como crianças, jovens e adultos que possuem baixa renda.

Segundo a coordenadora, foram criados dois aplicativos para alfabetização, o AppAlpha e o Alfabeto. “Os levamos para salas de aula da Educação de Jovens e Adultos (EJA), no município de Sertãozinho e no distrito de Salema, em Rio Tinto, para sentirem na prática o impacto que os aplicativos produzidos podem gerar na vida dos estudantes “.

Além disso, outro ponto fundamental do projeto é a divulgação de informações sobre determinados territórios do Estado, como o Geoparque Cariri Paraibano e o Litoral Norte da Paraíba, a fim de valorizar riquezas naturais e culturais.

Parceria com as escolas

Inicialmente, pensou-se apenas em realizar o desenvolvimento de aplicativos com alunos de graduação da UFPB, mas considerando o poder criativo dos mais jovens, o projeto resolveu incluir nesse processo de construção os alunos da Escola Cidadã Integral Técnica Burity (ECIT Burity), em Rio Tinto.

Para isso, foi oferecido um curso sobre criação de aplicativos utilizando a ferramenta MIT AppInventor 2, que permitiu que os alunos criassem softwares simples e que pudessem desenvolver habilidades relacionadas à resolução de problemas ou de pensamento computacional.

A interação pedagógica com os alunos promove uma série de habilidades como trabalhar em grupo, raciocinar, e analisar de forma crítica os problemas da sociedade, de acordo com a docente.  

“Temos acompanhado alunos interessados em produzir aplicativos para problemas de sua região, como um que tem como foco ajudar no problema de animais abandonados na cidade de Rio Tinto e principalmente no mercado público da cidade”, destaca.

Para o graduando Francivaldo Napoleão, um dos voluntários do projeto, a iniciativa foi extremamente importante para seu desenvolvimento pessoal. “Achei fantástico, atuei como voluntário na frente de alfabetização e, graças à iniciativa, evolui bastante por conta das tecnologias que o projeto me ajudou a aprender”.

E conclui: “Enxergo o projeto futuramente como um bom capacitador, através de uma ferramenta que oferece inclusão a pessoas que estejam passando por essa parte da alfabetização”. Os protótipos criados no âmbito do projeto podem ser encontrados aqui.

Carlos Germano | Ascom/UFPB