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Projeto da UFPB mostra como preparar ração artesanal para baratear produção de pescados

Custos com alimentação podem chegar a 70% do que é investido em toda produção
publicado: 15/10/2020 21h21, última modificação: 15/10/2020 21h21
Ração apropriada para a criação de peixes é feita à base de hortifrutigranjeiros. Foto: Camila Fernandes

Ração apropriada para a criação de peixes é feita à base de hortifrutigranjeiros. Foto: Camila Fernandes

Projeto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) mostra como preparar ração artesanal para baratear produção de pescados. Na piscicultura, os custos com alimentação podem chegar a 70% do que é investido em toda produção. O alimento apropriado para a produção de animais aquáticos é feito à base de hortifrutigranjeiros.

Inicialmente, o projeto atendia à comunidade de agricultores do município do Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa. Devido à pandemia do novo coronavírus neste ano, as ações passaram a se concentrar no perfil da iniciativa no Instagram.

“Essa foi uma orientação da Pró-reitoria de Extensão (Proex) da UFPB. No fim das contas, nossas dicas acabaram atingido um maior número  de pessoas, além dos agricultores do Conde”, afirma Jane Torelli, bióloga do Departamento de Sistemática e Ecologia da UFPB e coordenadora do projeto.

De acordo com Jane Torelli, a iniciativa foi criada para promover troca de conhecimentos entre o saber técnico-científico e o popular. Para ela, agricultores e pescadores que atuam na área de sustentabilidade ambiental e de produção aquática, em um sistema integrado de piscicultura e agricultura, têm muito a contribuir.

“Queremos capacitar o público envolvido acerca do aproveitamento de resíduos gerados em ambas produções. Já fizemos três vídeos mostrando o passo a passo da produção de ração artesanal e a importância do sistema integrado”, conta a coordenadora do projeto da UFPB.

Conforme o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, o valor de produção de pescado em cativeiro no Brasil foi de quase 5 bilhões de reais, tendo sido o Nordeste responsável por 39,8% desse valor, porém, comparado com o Sudeste e Sul, a região apresentou baixo crescimento do valor da produção entre 2014 e 2018.

Os próximos planos da iniciativa são ampliar ainda a divulgação desses conhecimentos de educação ambiental para outras comunidades da Grande João Pessoa. Participam das atividades do projeto o estudante de Ciências Biológicas Diego Pereira e outros voluntários de cursos de graduação e de pós-graduação da UFPB.

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Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB