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Projeto da UFPB prepara assistência remota para pacientes da Maternidade Frei Damião

Crianças prematuras e gestantes de baixo e alto risco e em resguardo são grupo de risco à Covid-19
publicado: 07/05/2020 18h33, última modificação: 07/05/2020 18h33
Projeto aguarda aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Coleta de dados sobre a Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, deve começar na segunda quinzena de maio. Foto: Divulgação/Secom-PB/Arquivo

Projeto aguarda aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Coleta de dados sobre a Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, deve começar na segunda quinzena de maio. Foto: Divulgação/Secom-PB/Arquivo

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) propõem a prestação de assistência materno-infantil remota para pacientes da Maternidade Frei Damião, no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, devido à pandemia de Covid-19. Este é um dos seis projetos da universidade aprovados no âmbito de edital da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), que selecionou, ao todo, dez propostas.

Coordenado pela pesquisadora Altamira Reichert, a iniciativa tem como foco, principalmente, a saúde de gestantes e de crianças vulneráveis devido ao nascimento prematuro. Participarão do projeto 12 pesquisadores da UFPB e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com o auxílio de técnicos.

Entre os objetivos do projeto, estão consultas coletivas, no formato online, para a prevenção da Covid-19, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de lactentes que nasceram prematuros e assistência à mulher no contexto obstétrico. Também será elaborada uma cartilha educativa digital contendo informações sobre saúde da mulher e para prevenção da Covid-19 e estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor das crianças vulneráveis.

De acordo com a coordenadora da iniciativa, professora Altamira Reichert, a pesquisa é relevante por trazer uma proposta de consulta remota a um grupo de vulnerabilidade, nos contextos da saúde e social, tendo em vista o nascimento prematuro das crianças. Várias delas apresentam sequelas e não estão sendo acompanhadas devido à suspensão das consultas em função da Covid-19.

A proposta também prevê a prestação de assistência à distância às mães. O Ministério da Saúde inseriu gestantes de baixo e alto risco e puérperas no grupo de risco de desenvolver Síndrome Respiratória Aguda Grave decorrente da Covid-19. Porém, o acompanhamento em saúde a esse grupo também foi suspenso em decorrência da pandemia e do isolamento social.

“Faremos grupos com consulta remota concomitante, tipo videoconferência. A ideia é intervir em casos identificados como de risco e que necessitem de encaminhamento para especialistas”. A coordenadora acredita que esse modelo de cuidado em saúde poderá se perpetuar para além da pandemia do novo coronavírus.

“Tem potencialidade de agregar muitas pessoas em um só momento, pois muitas delas não conseguem ter acesso aos serviços de saúde. Então poderemos prestar uma assistência à distância, desde que sejam em situações de baixa complexidade”, afirma a pesquisadora.

Um dos resultados que se pretende alcançar com a pesquisa é a sensibilização de profissionais de saúde para incorporar esse tipo de consulta online no período da epidemia do Covid-19, para não descontinuar o cuidado e evitar agravos à saúde das mães e das crianças. Os pesquisadores aguardam a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa para dar início aos trabalhos. “Esperamos que seja na segunda quinzena de maio o início da coleta de dados”.

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Reportagem: Aline Lins | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB