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Projeto da UFPB prepara estudantes para olimpíadas de informática

Iniciativa melhora desempenho escolar, interesse pela leitura e trabalho em grupo
publicado: 03/11/2020 18h14, última modificação: 03/11/2020 19h08
Projeto trabalha com cartilhas, jogos e desafios de raciocínio lógico, através de ferramentas e aplicativos web como o Google Meet e o WhatsApp. Crédito: Márcia Miranda

Projeto trabalha com cartilhas, jogos e desafios de raciocínio lógico, através de ferramentas e aplicativos web como o Google Meet e o WhatsApp. Crédito: Márcia Miranda

Projeto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no campus II, em Areia, no Brejo paraibano, prepara estudantes das redes pública e privada para olimpíadas de informática.

A iniciativa, coordenada pela professora Márcia Miranda, tem trabalhado com crianças e adolescentes na faixa etária de 7 a 14 anos, com o uso de cartilhas, jogos e desafios de raciocínio lógico, através de ferramentas e aplicativos web como o Google Meet e o WhatsApp, devido à pandemia da covid-19.

Essas tecnologias da informação e da comunicação também estão sendo, majoritariamente, utilizadas para o contato com os familiares dos estudantes e para a realização de reuniões com os gestores escolares das unidades de ensino nas quais estão matriculados. 

“Mesmo com o retorno das atividades presenciais, não poderemos deixar de fazer uso efetivo das atividades remotas, dos aplicativos e dos recursos tecnológicos. Essas metodologias e plataformas continuarão no nosso cotidiano”, garante Márcia Miranda.

A fim de treiná-los, anualmente, são construídos e distribuídos, gratuitamente, exercícios, simulados, tarefas e atividades. Neste ano, mesmo com o cancelamento da Olimpíada Paraibana de Informática, principal competição almejada pelos estudantes, foi disponibilizada a cartilha "Jogos de raciocínio lógico: Sudoku", comumente usada por professores do município em salas de aula on-line.

Segundo Márcia Miranda, os alunos que participam da iniciativa têm crescimento de performance escolar, demonstram interesse pela leitura de novos livros e apresentam mais disposição para atividades colaborativas.

A coordenadora do projeto conta que a iniciativa não só promove a descoberta de talentos, mas também a difusão de conhecimento e o estímulo ao aprendizado. “Nesse momento de pandemia, também são incentivados a ajuda ao próximo, o companheirismo e o trabalho em grupo”.

O projeto de extensão da UFPB também capacita voluntários e instrutores para executar as ações. Devido à pandemia, essa qualificação passou a focar em recursos de informática, sem deixar de lado o fomento aos estudos extracurriculares, com o intuito de diminuir a evasão escolar. 

De acordo com Márcia Miranda, muitas vezes, esses alunos estão em situação de grande vulnerabilidade social, porque são filhos de pais que vivem com um salário mínimo ou da agricultura familiar. “Com mais conhecimento, se certificam de que são capazes e melhoram suas autoestimas”.

O projeto da UFPB teve início em 2013, quando a coordenadora identificou a carência de trabalhos com crianças do município de Areia.

Para se ter uma ideia da efetividades do trabalho, na Olimpíada Paraibana de Informática, por exemplo, até agora, todas as medalhas da categoria “iniciação-nível II” foram conquistadas por estudantes da rede pública que participaram do projeto. Por conta desses resultados, no ano passado, os estudante ganharam o reconhecimento da Câmara Municipal de Areia e da prefeitura municipal.

Participam das atividades do projeto colaboradores, voluntários, estudantes de cursos de graduação do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFPB, professores e gestores das escolas. É possível acompanhar os trabalhos através do blog, do site e do perfil do projeto no Instagram.

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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB