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Salário e reconhecimento são principais motivações para buscar e se manter no primeiro emprego, diz estudo da UFPB

Pesquisa foi publicada no periódico uruguaio Psicología, Conocimiento y Sociedad
publicado: 04/11/2020 23h49, última modificação: 04/11/2020 23h49
Estudo foi realizado com 30 jovens de João Pessoa, com idade entre 18 e 23 anos. Foto: Autor Desconhecido

Estudo foi realizado com 30 jovens de João Pessoa, com idade entre 18 e 23 anos. Foto: Autor Desconhecido

Um estudo do Programa de Pós-graduação em Psicologia Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) buscou compreender a motivação de jovens paraibanos no primeiro emprego. 

O resultado foi publicado no último mês, em um artigo na revista acadêmica uruguaia Psicología, Conocimiento y Sociedad. 

De acordo com a autora do estudo, Amanda Dourado, o objetivo foi estabelecer uma comparação entre a motivação inicial de jovens aprendizes ao iniciarem suas primeiras experiências de trabalho e a motivação para permanecer nas atividades.  

Para isso, foram entrevistados, em 2017, por meio de dois questionários, 30 jovens – com idade entre 18 e 23 anos – que estavam desempenhando, há no máximo seis meses, a função de assistente administrativo enquanto jovem aprendiz em empresas de João Pessoa. 

Como resultado encontrado, percebeu-se que a perspectiva motivacional do jovem para ingressar no primeiro emprego era fortemente influenciada pela família. 

“Tratando-se de jovens em vulnerabilidade social, eles precisam trabalhar para suprir necessidades e ajudar com as despesas da casa, então o salário foi fonte de motivação”, explicou Amanda. 

Já na condição de assistentes administrativos, a motivação dos jovens para seguir no trabalho estava mais relacionada à necessidade de ser reconhecido. 

“Eles falaram muito sobre sentir orgulho, de serem vistos como bons naquilo que fazem. Depois de uma necessidade básica ser alcançada – ter salário e ajudar em casa – surge outra necessidade, a de buscar essa realização pessoal, que é característico do ser humano”, complementa a pesquisadora.

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Reportagem: Milena Dantas | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB