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Servidores da UFPB recuperam equipamentos do Laboratório de Combustíveis e Materiais

publicado: 10/02/2021 14h07, última modificação: 10/02/2021 14h09
Conserto de equipamentos gerou uma economia de quase R$ 100 mil para a Universidade

Foto: Milena Dantas 

Dois técnicos do Laboratório de Combustíveis e Materiais (Lacom) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) conseguiram recuperar equipamentos utilizados para análise de materiais na Universidade. Os servidores solucionaram, por exemplo, problemas de um espectrômetro raman, um difratômetro de raio-X e uma centrífuga, gerando uma economia de quase R$ 100 mil para a Instituição.

Ambos os equipamentos são utilizados para analisar a distribuição dos átomos de determinado material. Inclusive o raman do Lacom, que analisa materiais como a titânia (presente no protetor solar que usamos), as argilas e a sílica, é o único equipamento desse tipo na UFPB. “Essas máquinas recuperadas complementam uma a outra e são fundamentais para o funcionamento da nossa área de pesquisa em materiais”, informou a coordenadora do Lacom, Profa. Ieda Garcia.

A dupla formada pelos técnicos de laboratório Ginetton Ferreira e Saulo de Tarso solucionou o problema do espectrômetro que um técnico de São Paulo, junto com uma equipe do Reino Unido, não conseguiu resolver. A equipe de São Paulo sugeriu a compra de um filtro de plasma para substituição do laser do equipamento, que teria que ser importado e custaria 1,7 mil libras esterlinas (algo em torno de R$ 12 mil). Os dois servidores da UFPB, no entanto, resolveram desmontar o equipamento e conseguiram fazer uma adaptação técnica aproveitando um filtro retirado de um laser queimado que havia no laboratório.

Já a economia com o difratômetro de raio-X foi de 11 mil dólares (quase R$ 60 mil), valor equivalente à compra de um novo tubo de raio-X para ser instalado na máquina.

O técnico Ginetton Ferreira explicou que o custo de manutenção com esse tipo de máquina de médio e grande porte pode ser bastante elevado porque são equipamentos caros que exigem uma mão de obra especializada que, na maioria das vezes, é realizada por técnicos de empresas sediadas em São Paulo e que precisam se deslocar até a Universidade.

Saulo de Tarso contou que, no ano passado, o rotor de uma centrífuga do laboratório foi condenado por técnicos especialistas e que para comprar um novo e arcar com o conserto custaria quase R$ 30 mil. “Eu peguei o manual, fui ler e vi que poderíamos comprar adaptadores e o conserto sairia por R$ 7 mil, uma economia de R$ 23 mil”, explicou Saulo. 

Saulo de Tarso e Ginetton Ferreira chegaram à UFPB, respectivamente, em janeiro e abril do ano passado. Ou seja, até janeiro de 2020, o Lacom não tinha nenhum técnico e possuía muitos equipamentos parados.

Os equipamentos foram recuperados pelos dois servidores para o retorno das atividades presencias nos laboratórios em novembro do ano passado, seguindo todos os protocolos recomendados pela Comissão de Biossegurança da UFPB. Atualmente, os dois técnicos estão atuando conjuntamente para recuperar outro equipamento do Lacom, um microscópio de força atômica.

O Laboratório de Combustíveis e Materiais (Lacom) da UFPB é um núcleo de pesquisa e extensão que atende toda a Universidade. Nele atuam 73 alunos e 11 professores de graduação e pós-graduação em Química, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Ciência e Engenharia de Materiais, Desenvolvimento e Meio Ambiente, Tecnologia Agroalimentar e Energias Renováveis.

                                                                     Coordenadora do LACOM, Profa. Ieda Garcia
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Reportagem: Milena Dantas
Edição: Aline Lins
Fotos: Milena Dantas