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UFPB avalia conhecimento dos brasileiros sobre uso veterinário da maconha

Questionário on-line receberá respostas até 22 de julho
publicado: 29/06/2020 21h46, última modificação: 29/06/2020 21h46
Substância poderá ser aplicada em casos de câncer, dor crônica e questões neurológicas de animais como cães e gatos. Crédito: Departamento de Ciências Veterinárias-UFPB/Reprodução

Substância poderá ser aplicada em casos de câncer, dor crônica e questões neurológicas de animais como cães e gatos. Crédito: Departamento de Ciências Veterinárias-UFPB/Reprodução

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realizam pesquisa para avaliar o conhecimento dos brasileiros acerca dos componentes da maconha, Tetrahidrocanabidiol Canabidiol, e desmistificar o senso comum a respeito da utilização da planta em animais.

Intitulado “Análise do conhecimento dos brasileiros acerca da Cannabis sp. (Maconha) e seu uso terapêutico na Medicina Veterinária”, o projeto busca ampliar o suporte teórico e, com questionário disponível até 22 de julho, obter respostas do Brasil inteiro sobre o tema.

“O resultado da pesquisa contribuirá para o assunto. Entendendo o conhecimento da população sobre o tema, poderemos criar estratégias para a desconstrução de preconceitos e mitos. Além de criar estratégias de divulgação do tema e apoiar a formulação de legislação sobre o uso”, almeja Helder Pereira, estudante de Medicina Veterinária. 

Para o estudante e um dos idealizadores da pesquisa na UFPB, o estado da Paraíba é uma referência no Brasil em relação ao uso de maconha para fins medicinais. 

“No estado, estão as instituições Liga Paraibana em Defesa da Cannabis Medicinal (Liga Canábica) e a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace). Além disso, a UFPB possui grupo de estudo e a disciplina “Sistema Endococanabinóide e Perspectivas Terapêuticas da Cannabis Sativa e seus derivados” sobre o assunto”, destaca o estudante.

Pesquisa divulgada no início deste ano, pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, analisou 26 cachorros com epilepsia por 12 semanas e revelou queda significativa nas crises entre os animais que fizeram uso do óleo do componente Canabidiol da maconha. 

Especialistas pelo mundo acreditam ainda que há expectativa de que o uso da substância possa agir em casos de câncer, dor crônica e questões neurológicas de animais como cães e gatos.

 Segundo Helder Pereira, a ideia de pesquisar o tema surgiu no ano passado, em um evento na UFPB e o compartilhamento das informações é fundamental para o conhecimento da população sobre dados fidedignos a respeito da planta. 

“Em 2019, no Centro de Ciências Agrárias da UFPB, em Areia, no Brejo paraibano, houve uma série de palestras sobre o uso de drogas. Um dos palestrantes chamou atenção pela forma que abordou o uso da maconha em humanos. A informação se faz extremamente necessária para chegarmos à boa parte da população e obter dados fiéis acerca do uso em animais”, ressalta o estudante. 

Além de Helder, a equipe de pesquisadores da UFPB é composta pelos professores Ricardo Guerra e Abraão Barbosa, pela enfermeira e técnica do laboratório biomolecular Clara Vasconcelos, pelo doutorando em fisiologia Lucas Rannier e pela mestranda em jornalismo Maryane Paulino. 

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Reportagem: Jonas Lucas Vieira | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB