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Comitês de solidariedade na UFPB apoiam estudantes afetados pela pandemia

Posteriormente, rede de apoio contemplará docentes, técnicos e terceirizados
publicado: 03/07/2020 20h05, última modificação: 03/07/2020 20h22
Os estudantes da UFPB em situação de vulnerabilidade por conta da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) devem enviar suas demandas por meio de formulário on-line. Foto: Angélica Gouveia

Os estudantes da UFPB em situação de vulnerabilidade por conta da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) devem enviar suas demandas por meio de formulário on-line. Foto: Angélica Gouveia

Estudantes e professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram comitês de solidariedade para alunos afetados pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Posteriormente, a rede de apoio contemplará docentes, técnicos e terceirizados.

Os estudantes da UFPB em situação de vulnerabilidade por conta da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) devem enviar suas demandas por meio de formulário on-line

De acordo com o docente do Departamento de Relações Internacionais da UFPB, Daniel Antiquera, a ação surgiu a partir de três fatores: percepção da gravidade da crise, impactos desiguais na comunidade universitária e a invisibilidade da precarização no planejamento de atividades remotas neste período de pandemia.

“Não podemos seguir em frente como se essas situações não existissem. Os princípios são de uma solidariedade que não ignora as causas das desigualdades. Também uma concepção de universidade humanista, comprometida socialmente, não apenas tecnicista”, destaca Antiquera.

Segundo o professor da UFPB, o impacto da pandemia da Covid-19 é desigual e atinge setores mais precarizados. Para ele, é preciso resgatar a noção de comunidade na universidade e a ação começará pelos estudantes.

“A técnica e a gestão são fundamentais, mas não podem se descolar do compromisso social que a universidade e a educação em geral devem ter. Vivemos com enormes impactos de diversas naturezas, e muito desiguais também”, afirma Daniel.

O professor ressalta que é necessário existir nas universidades uma percepção sobre a educação como espaço de enfrentamento das estruturas sociais desiguais e dos efeitos que as desigualdades sociais causam às pessoas, tanto fora quanto dentro das instituições de ensino.

“A proposta visa identificar as situações de maiores dificuldades (por exemplo: econômica, tecnológica, pedagógica, de saúde e violência), dar visibilidade a elas e criar redes de apoio. Com os dados e relatos, construiremos uma política institucional que priorize as pessoas”, almeja.

O projeto se estruturará em distintas fases. Dentre elas, constam a montagem de comitês por Centros de Ensino; levantamento de situações de maior dificuldade; difusão das redes de apoio e iniciativas de solidariedade existentes; e a utilização dos dados para pensar de forma mais concreta e humana a universidade, o ensino e o planejamento neste período.

“Já temos comitês formados em sete centros e outros em processo de constituição. Em um primeiro momento, estamos trabalhando com os estudantes, mas em seguida ampliaremos para trabalhadores terceirizados, servidores docentes e técnico-administrativos”, explica o professor. Mais detalhes das ações podem ser obtidos através do perfil dos comitês no Instagram. 

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Reportagem: Jonas Lucas Vieira | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB