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UFPB cria simulador virtual para realizar treinamento em exame ginecológico

publicado: 22/06/2021 18h57, última modificação: 22/06/2021 18h57
Software busca preparar estudantes para situações que poderão ocorrer na prática profissional

 Foto: Angélica Gouveia

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram o Software SITEG 2.0, um simulador que utiliza a tecnologia de Realidade Virtual (RV) para oferecer treinamento na realização de um exame ginecológico, procedimento que avalia o aparelho reprodutor feminino.

O sistema computacional foi criado pelos professores do Departamento de Informática Liliane dos Santos Machado e de Estatística Ronei Marcos de Moraes, em conjunto com a mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Modelos de Decisão e Saúde (PPGMDS) Elaine Anita de Melo e a graduada em Engenharia da Computação Ingrid Luana Almeida.

Em sua funcionalidade, o software apresenta casos corriqueiros do dia a dia de um médico, como também casos raros, que ocorrem com pouca frequência no atendimento em saúde. Por meio dessa dinâmica, o simulador busca preparar o aluno para situações que poderão ocorrer na prática profissional.

De acordo com a Prof. Liliane Machado, o software criado é inédito e oferece um sistema integrado de avaliação online. “Este sistema é capaz de analisar a habilidade do usuário em realizar o procedimento e em fazer o encaminhamento do paciente virtual. O sistema também permite verificar o seu desempenho na atividade”, explicou Profa. Liliane Machado.

O invento surgiu da necessidade de prover meios seguros e não invasivos de treinamento médico. A literatura científica da área relata insegurança dos alunos ao realizar procedimentos em pacientes reais pela primeira vez. “Com o simulador, pretendemos diminuir a distância entre teoria e prática, aproximando o estudante de uma situação real”, disse a Profa Liliane Machado.

Após fazer o procedimento no software, o usuário poderá, baseado no que viu na simulação, recomendar a realização de exames mais específicos. “O sistema não pretende substituir nenhum modo de educação ou treinamento atual, mas atuar como um meio complementar neste processo”, destacou a professora

O software já obteve certificado de registro da Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova) e os inventores iniciarão uma fase de testes com alunos, para que a tecnologia possa ser disponibilizada, de forma gratuita, à população.

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Reportagem: Carlos Germano
Edição: Aline Lins
Foto: Angélica Gouveia