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UFPB levanta soluções para Rede de Atenção Psicossocial não parar

Distanciamento social é novo obstáculo para assistência em saúde mental no país
publicado: 26/06/2020 15h52, última modificação: 26/06/2020 15h52
Antes centrais, práticas em grupo estão sendo reformuladas devido à pandemia do novo coronavírus. Crédito: Busbus/Rawpixel Ltd.

Antes centrais, práticas em grupo estão sendo reformuladas devido à pandemia do novo coronavírus. Crédito: Busbus/Rawpixel Ltd.

Uma pesquisa sobre práticas em saúde mental, de âmbito nacional, desenvolvida pelo grupo de pesquisa e extensão Loucura e Cidadania (LouCid), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), pretende identificar experiências criativas nos serviços de atenção à saúde mental, no contexto da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Os pesquisadores entendem que boa parte das práticas se desenvolve a partir da proximidade física e social entre pacientes e profissionais da saúde. No entanto, devido a esta emergência de saúde pública, muitas dessas atividades tiveram que deixar de acontecer.

Conforme a professora do Departamento de Ciências Jurídicas da UFPB Ludmila Correia, que integra o  grupo de pesquisa, a pandemia do novo coronavírus impactou diretamente na organização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que articula ações e serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade.

“A rede tem práticas grupais como centrais no cuidado e atenção às pessoas que são atendidas, sobretudo nos Centros de Atenção Psicossocial. Os serviços de saúde mental tiveram que reelaborar suas formas de apoio, em sua maioria, realizando o atendimento ambulatorial”, conta a docente.

O levantamento é realizado por meio  de formulário on-line. Em sete dias, cerca de 40 pessoas colaboraram. Ainda não é possível realizar uma análise desses dados. O questionário ficará disponível por mais um mês e meio e não há meta para número mínimo de participantes.

Para cooperar, basta participar de alguma prática de cuidados, no âmbito ou não dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial, ou conhecer experiências inovadoras em andamento. Os resultados serão sistematizados e divulgados no formato de relatório, a fim de inspirar pacientes, gestores e profissionais da saúde em todo o país.

“Por meio desse levantamento, espera-se encontrar dados que apresentem novos métodos de trabalho”, diz Ludmila Correia. A pesquisa conta ainda com a colaboração de Carolina Ferraz, Daniel Assis, Larissa Rodrigues, Leandro Oziel, Polianny Martins e Stephanie Cavalcante.

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Reportagem: Aline Lins | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB