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UFPB obtém aprovação de R$ 5 milhões do Proinfra 2021

publicado: 09/08/2022 18h07, última modificação: 09/08/2022 18h09
Recursos contemplam projetos Modernização estratégica do Laboratório Multiusuário de Caracterização e Análises e Nanociência para superfícies funcionais

Foto: Milena Dantas

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) obteve, por meio de ações da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq/UFPB), a aprovação de dois projetos, no valor de aproximadamente R$ 5 milhões em recursos do Proinfra 2021. Os projetos foram submetidos a chamada pública da Finep Inovação e Pesquisa, empresa pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

O projeto Modernização estratégica do Laboratório Multiusuário de Caracterização e Análises (LMCA), no valor de R$ 3.728.378,85, destina recursos para o Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos (Ipefarm/UFPB); e o projeto Nanociência para superfícies funcionais, no valor de R$ 1.265.173,93, vai aprimorar a infraestrutura do Laboratório de Combustíveis (Lacom), do Departamento de Química, do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Materiais (Nepem), do Centro de Tecnologia (CT).  

De acordo com o Pró-reitor de Pesquisa, Prof. Valdir Braga, a aprovação de dois grandes projetos de interesse em áreas prioritárias da UFPB, “nesse momento, é muito bem-vindo e vai contribuir para reforçarmos a nossa estrutura de pesquisa”.

“Nós estamos, agora, na fase de aceitação, de assinatura dos termos de aceite e celebração de convênio com a Finep, e esperamos que até o ano que vem esses recursos estejam disponíveis para os nossos pesquisadores”, informou o Pró-reitor. O projeto do LMCA envolve dez pesquisadores e o do Lacom, 29 pesquisadores.

Conforme a Propesq da UFPB, a aprovação desses recursos beneficia a comunidade universitária, reforça os programas de pós-graduação, os laboratórios de pesquisa, participa na capacitação de técnicos administrativos, na formação de recursos humanos, em nível me mestrado, doutorado e pós-doutorado. “São áreas prioritárias em termos de pesquisa, então, a ideia do Brasil, hoje, é aproximar a Universidade da sociedade”, disse o Prof. Valdir Braga.

Nanociência para superfícies

O objetivo do projeto Nanociência para superfícies funcionais é a ampliação da infraestrutura de equipamentos utilizados em pesquisa. A aprovação da proposta viabilizará a aquisição de dois equipamentos, o XPS (equipamento de grande importância na avaliação de superfícies) e o ion milling (consiste em uma técnica de preparação de amostras para microscopia eletrônica de transmissão, que necessita de amostras transparentes a elétrons).

As pesquisas em nanomateriais constituem-se, por definição, em uma fronteira de conhecimento, muito interdisciplinar e uma prioridade do MCTI. A área prioritária “tecnologias habilitadoras” inclui materiais avançados e nanotecnologia. Boa parte das propriedades dos materiais são originárias da superfície, uma região de difícil caracterização.

Nesse sentido, o projeto busca ampliar a infraestrutura do Nepem para permitir uma avaliação de superfícies de materiais usando técnicas como XPS e MET. Os materiais desenvolvidos possuem aplicação em diversas áreas, com aplicação na indústria (área prioritária “Tecnologia de produção”), no desenvolvimento de energias renováveis e tratamento de poluição (área prioritária “Tecnologias para desenvolvimento sustentável”), na saúde, a partir do desenvolvimento de fármacos e materiais antimicrobianos (área prioritária “tecnologias para qualidade de vida”). As pesquisas são desenvolvidas no âmbito da UFPB, com parceria de instituições do Brasil (tais como USP, UFSCar, UNESP, etc) e do exterior (universidades da França, Estados Unidos, Reino Unido, etc), além da interface com a indústria (Elizabeth Cimentos, baterias Moura, Hemobras, Grupo Elizabeth e etc.).

Após aquisição, os equipamentos estarão disponíveis a toda a comunidade acadêmica da UFPB, assim como todos os equipamentos instalados no Nepem. Além da UFPB, os equipamentos serão utilizados por outras instituições, tais como a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Instituto Tecnológico da Paraíba (IFPB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal do Maranhão, entre outras. Deste modo, essa manutenção irá favorecer toda uma região, podendo ser usado, ainda, como suporte ao setor produtivo, uma vez que o Nordeste é conhecido pela riqueza em matérias primas naturais, com diversas empresas cerâmicas e cimentícias instaladas na região.

Modernização estratégica do LMCA

O projeto que busca expandir e fortalecer a infraestrutura de pesquisa do Laboratório Multiusuário de Caracterização e Análise (LMCA) tem ainda o intuito de ampliar o suporte analítico aos programas de pós-graduação e pesquisadores com atuação na área de Tecnologias para Qualidade de Vida – Setor Saúde – visando melhorar a formação de recursos humanos e o desenvolvimento de pesquisas avançadas na UFPB, no Estado e na região.

Neste sentido, serão reforçadas as ações do laboratório para o desenvolvimento de novas metodologias analíticas por Espectrometria de Massas para estudos e validações de canabinoides da espécie Cannabis sativa, para pesquisas ômicas e para o diagnóstico de saúde por biomarcadores em matrizes biológicas. Esse objetivo será alcançado através da utilização de modernos equipamentos de Espectrometria de Massas.

Esses equipamentos conferem versatilidade e potência na triagem e determinação de terpenos, na análise de metais, pesticidas e solventes residuais. Assim, esses instrumentos analíticos fornecem os melhores ensaios de canabinoides, devendo conferir os requisitos necessários para dar suporte à certificação de fitoprodutos e medicamentos fitoterápicos, entre eles, os derivados de Cannabis sativa. Com isso, serão desenvolvidas metodologias analíticas cientificamente validadas e, ainda, serão criadas perspectivas expansivas para análise forense e de agrotóxicos.

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Reportagem: Aline Lins
Foto: Milena Dantas, Giovanna Alves e Angélica Gouveia