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UFPB participa da maior expedição científica do Brasil

publicado: 18/11/2022 10h25, última modificação: 18/11/2022 10h25
V Expedição Científica do São Francisco ocorreu de 3 a 12 de novembro
Equipe do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento (LCG), CCAE/UFPB, integrantes da V Expedição Científica do São Francisco, novembro de 2022. Da esquerda para direita: David Luiz do Nascimento Santos; Nadjacleia Vilar Almeida; Jessyca Janyny de Oliveira Saraiva Maia; Milena Dutra da Silva. Foto: acervo LCG/CCAE/UFPB
Equipe da UFPB na expedição. (Da esq. p/ dir.) David Luiz Santos, Nadjacleia Almeida, Jessyca Janyny Maia e Milena Dutra

Duas professoras do Centro de Ciências Aplicadas e Educação (CCAE) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), integrantes do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento (LCG), Profa. Nadjacleia Almeida e Profa. Milena Dutra, e duas alunas do curso de ecologia da Universidade, Jessyca Janyny Maia e David Luiz Santos, participaram da maior expedição científica do Brasil: a V Expedição Científica do São Francisco.

A equipe da UFPB integrou o time de expedicionários, que totalizou 65 pesquisadores, de 35 áreas de estudo, sob a coordenação geral dos professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Emerson Soares, José Vieira e Themis Silva. Na V Expedição, as ações foram desenvolvidas no âmbito da Ciência, da Educação e Saúde em prol do Rio São Francisco com investimento do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (SEMARH), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), além de outras instituições. Foram 10 dias de trabalhos de campo, entre 3 e 12 de novembro, em 10 municípios ribeirinhos no Baixo São Francisco e 250 km de curso hídrico percorridos, desde o município de Piranhas até a Foz do São Francisco.

Coleta de dados métricos em áreas de erosão. Nadjacleia Almeida e David Luiz Santos

A colaboração científica das professoras e estudantes da UFPB se concentrou no diagnóstico ambiental das sub-bacias hidrográficas do Baixo Curso do Rio São Francisco, em seus principais rios e riachos. Em campo foram coletados dados microclimáticos, de relevo, serrapilheira e dados fitossociológicos das matas ciliares. Os dados amostrados em campo serão processados em laboratório e complementam as análises para determinação do diagnóstico de fragilidade potencial, uma das metas do projeto de pesquisa “Diagnóstico Ecodinâmico da Bacia Hidrográfica do São Francisco”, sob a coordenação das professoras.

Para a professora Nadjacleia Almeida, participar da V Expedição Científica do São Francisco é uma oportunidade ímpar de aproximação à realidade do Baixo São Francisco, que ajuda a compreender as tensões ambientais que ocorrem nas sub-bacias, passando por áreas de Caatinga, Mata Atlântica, Tabuleiros Costeiros e Manguezal, nas quais se observam problemas ambientais semelhantes aos que também se estudam na Paraíba. “Os estudantes Jessyca Janyny e David Luiz tiveram a oportunidade de aprender e praticar diferentes técnicas de campo, além de utilizar equipamentos de última geração e os seus produtos, a exemplo de veículo aéreo não tripulado (VANT), posicionamento cinemático em tempo-real (RTK), camêra multiespectral, conhecendo e auxiliando em diferentes projetos”, afirmou a docente.

Aprendendo a preparar o VANT para sobrevoo da área de estudo. (Da esq. para dir.) Nadjacleia Almeida, Milena Dutra, David Luiz Santos e Jessyca Janyny Maia. 

Os dados prévios levantados pela equipe indicam que as áreas ciliares se apresentam degradadas e com diferentes níveis de erosão. Segundo a Profa. Milena Dutra, essas análises representam a continuidade de um trabalho iniciado na III Expedição Científica do São Francisco e a cada expedição se conseguiu estudar as áreas ciliares em maior profundidade. “A próxima etapa da pesquisa é analisar os dados de cobertura arbórea na faixa de proteção dos rios, o estoque de serrapilheira e nutrientes, e índices de vegetação indicadores da saúde dos vegetais que, associados às demais variáveis geoambientais, auxiliarão na construção de estratégias para recuperação ambiental dessas áreas”, disse a professora Milena.

Levantamento de dados fitossociológicos em uma área ciliar. Jessyca Janyny Maia (esq.) e Milena Dutra da Silva (dir.)

Os resultados dos trabalhos da equipe da UFPB na V Expedição Científicas serão apresentados de forma parcial em dezembro e final em abril, por meio de notas técnicas, relatórios e artigos e poderão auxiliar no desenvolvimento de ações e políticas públicas para a recuperação ambiental das áreas, fundamentais à qualidade de vida do Rio São Francisco e da comunidade ribeirinha.

Informações adicionais sobre a expedição e outros projetos do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento (LCG/UFPB) estão disponíveis em site e no perfil do Instagram.

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Ascom com informações do LCG/UFPB
Fotos: Acervo do LCG/UFPB